7/28/08

de um final de semana produtivo...

este fim de semana eu me dediquei a assistir um monte de filmes. como vejo no laptop, com fone de ouvido, estou até com a orelha doendo.

mas foi bom porque consegui entender algumas coisas sobre o processo de preparação do Crinstian Bale para o Batman, nesse segundo filme, ao mesmo tempo que amadureci meus pensamentos sobre o seguinte fato.

sobre o processo de preparação, ficou muito claro para mim como o Cristian Bale usa as temáticas de um filme para amadurecer seu personagem em outro. o que motivou esse meu pensamento foi "Os Indomáveis" [3:10 to Yuma], refilmagem de um faroeste clássico e homônimo.

se no primeiro filme o "Psicopata Americano" [American Psycho] dava a tônica de dupla personalidade para o morcegão [sou um velho conhecido, posso me dar ao luxo de liberdades], nesse filme é a tentação pelo "lado negro da força", para ficar no vocabulário nerd, que dá o tom. no faroeste um fazendeiro [Bale] enxerga no "pequeno serviço" de levar o pistoleiro, Ben Wade [Russel Crowe, com a competência habitual, mas nada além], para o trem que o levaria para a prisão de Yuma [o tal trem das 3:10].

ao longo do filme Wade tenta usar sua maldade charmosa para seduzir seus algozes. da mesma forma o faz o Coringa com sua fé na falta de moral dos homens. e tanto Dan Evans quando Batman/Wayne, mesmo tendo provas inequívocas de que as pessoas podem ser muito ruins e que o mundo caminha para o caos, buscam, no fiapo de sanidade que lhes restam, a salvação para suas próprias almas e para aquilo que lhes restam.

é claro que o fazendeiro é um personagem completamente diferente do Batman. mas é possível captar em ambos o mesmo olhar que é fruto de sua fé inabalável em si mesmo e em sua missão.

ao mesmo tempo, ainda nesse fim de semana, me deparei com a notícia lincada logali em cima. como assim alguém me comete o disparate de comparar o George W. Bush com o Batman? meu primeiro impulso foi escrever um longo texto, mas logo vi que ele seria simplesmente fraco e apaixonado.

o argumento definitivo para rebater a estupidez do autor do artigo é que o Batman não INVENTOU sua guerra. a guerra do batman defende o direito legítimo dos cidadãos de bem da cidade em que vive e ama. ele não usa um ideal distorcido de democracia para impor sua guerra e disfarçar seus reais interesses, convenhamos, puramente comerciais.

ah! os ideais do W, como o articulista do WSJ gosta de chamá-lo, não são fajutos! a guerra que ele trava é contra o terrorismo e pela democracia.

bem, se você tem o nível de leitura de uma criança de cinco anos eu aceito essa interpretação. não mais, não! se a guerra do Bush fosse contra o terrorismo ela estaria sendo travada no Afeganistão [lembram? quem atacou as duas torres? alguém sabe dizer porque ressucitaram o Iraque? depois daquela guerra que o bush pai perdeu?]. e sua guerra não é pela democracia tãopouco. se fosse ele estaria atuando na África, no Leste Europeu ou afins. onde estava a democracia americana no massacre de Timor Leste? [eu sei que é na Ásia]

W não é Batman. ele não escolhe ser vilão para defender um ideal mais nobre. ele escolhe ser vilão para muitos, mais herói para seus comparsas criminosos.

-------------------------------------------------------------------------------------------

em tempo:

- pois é Alinne. agora você me deixou com a pulga atrás da orelha. eu atuei no "No Recreio", "Sorôco, sua mãe, sua filha" e "Feliz Aniversário" do Filhos da PUC. além de um tanto de sckets e intervenções. me adiciona no msn e talvez a gente tenha alguns amigos em comum.

-ah! os fãns Xiitas. um pequeno erro de digitação gera uma reação exagerada. sinceramente, não vou corrigir. sei qual é o plural de "man", conheço a obra de Alan Moore de cabo a rabo e não tenho saco com demonstrações de "eu vi Star Wars mais vezes que você e posso te dizer que o Han Solo atirou primeiro". não entendeu nada? clique aqui e veja o último comentário e aqui para saber o que eu penso disso. quando ao tiro do Han... ah... fica pra depois.

1 comment:

Anonymous said...

eu já adicionei. sou a senhora das nuvens.

Alinne.

Ps: adorei o seu texto!