8/21/08

eu penso que...

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...
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e isso é o melhor que eu posso fazer para o momento.

8/20/08

diferenciações...

medo é quando seu emprego tá perigando se ferrar, ou quando sua namorada fala que atrasou a menstruação.

pânico é, depois de alguns minutos sentado na privada, dar-se conta que não tem papel higiênico.

e tenho dito!

manual prático e resumido...

a vida se resolve assim, como diria meu tio, maisoumenamente:

quando tudo, mais tudo, mais tudinho, mais tudinhoinho mesmo, parece que vai mal, faça o seguinte: sente do lado de uma pessoa que você gosta muito e que gosta muito de você. segure na mão dela e olhe para uma coisa bonita. se essa pessoa for bonita aos seus olhos, olhe para ela. nesse caso, peça para ela te contar sobre alguma coisa que ela goste muito. aí aprecie o espetáculo.

se tiver muito ruim, repita a operação com várias outras pessoas.

pode ser ao mesmo tempo.

o coração sai mais quente e cheio depois disso.

8/18/08

no teatro...

agora sério...

o que se faz quando não se gostou de uma peça? hoje em dia é meio que obrigatório bater palmas de pé. e aí, por coação, é preciso levantar e bater palmas junto com os outros que, ou são estúpidos e nunca vão ao teatro e, por falta de base de comparação, acharam a peça boa, ou por força do hábito e da vergonha alheia também se levantam.

sou favorável a uma campanha pelo bom senso ao fim de espetáculos:

PALMAS DE PÉ SÓ SE FOR FODA!

algum designer na platéia topa criar uma logo?

sobre a juventude...

mas não qualquer juventude. a juventude atual.

nem quero me alongar muito nesse tema, tamanha a minha revolta. mas que a minha vontade é de bater na cara desses moleques que 1- gostam de se fazer de vítimas e que a vida é sempre tão difícil e 2- se orgulham [sim... é um orgulho] de, por exemplo, não gostarem de ler, ou de lerem cada vez menos, ou ainda, quando algum autor, diretor, pintor lhes é apresentado, fogem da informação como o diabo foge da cruz.

sobre o 1:

crianças. a vida é boa e não há nada que se possa fazer para mudar isso. nós [e me incluo na categoria 'jovem'] temos o mundo na mão.

juro que quando ouço um: "a vida é tão difícil" [atitude, em geral, de emos, mas não exclusiva...] tenho vontade de bater na cara com as costas da mão, que é como se tratavam as crianças no tempo em que as coisas eram REALMENTE difíceis. não ter fossa sanitária é uma dificuldade, não ter um ps3 é um fato.

sobre o 2:

você vai longe assim...

8/14/08

aglomerações...

descobri ontem que existem dois tipos de cidades:

aquelas em que as pessoas continuam passando durante o sinal amarelo;

e aquelas em que as pessoas arrancam um pouco antes do sinal verde aparecer.

os dois tipo de pessoas não convivem no mesmo espaço...

8/12/08

sobre a velhice...

[sarcasm: mode on]

olha só. não é que eu não goste de velhos por princípio. o que me incomoda é a falta de bom senso no mundo. isso me incomoda desde que eu tenho idade para saber o que é bom senso. e nem me venha com esse papo de que bom senso é um conceito relativo. aceito o fato de que ele não é absoluto, mas sua relatividade é um dado cultural, não pessoal.

enfim...

a falta de bom senso de alguns velhos me incomodou muito nas últimas semanas. porque? me explico:

você está lá. no ônibus. indo para o trabalho. escutando música. lendo. você foi inteligente o suficiente para saber a hora certa de passagem da condução, mesmo não evitando o ambiente lotado, consegue estar sentado. quando você está no meio e um capítulo bem interessante percebe aquele olhar pesado sobre você. é um velho[a]. querendo seu lugar.

ora!

se você é aposentado, porque diabos acordou cedo e pegou um ônibus no mesmo horário que milhares de outras pessoas que não têm outra escolha que não estar em trânsito nesse horário? porque meu Deus?

quer um outro exemplo?

você precisa descontar um cheque. a ÚNICA coisa que uma pessoa normal nos dias de hoje precisa fazer com um atendente é descontar cheques. todo o resto pode ser feito com caixas automáticos. a maioria das pessoas que trabalham SÓ pode fazer isso em seus horários de almoço. mais cedo e mais tarde os bancos estão fechados.

então, porque, novamente, um velho PRECISA ir para o banco naquele, justamente naquele, horário?

e sabe o que me dá mais raiva? não só esse meu blog é ridiculamente pouco acessado, como ele nunca vai ser visto por alguem com mais de 65 anos, ou seja, por um real causador da minha angústia.

8/7/08

da série: questionamentos breves...

porque as pessoas com mais segurança em relação ao que dizem, falam, proporcionalmente, mais besteiras?

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Em tempo: lembrei de um tio-avô meu que afirmava, categoricamente, que a princesa isabel libertou os escravos porque curtia os pintões dos negões.

8/6/08

menino dos cataventos...

ontem eu assisti a um show que me deixou embasbacado pela leveza das composições.

a banda é essa daqui.

a idéia é pegar poemas do Mário Quintana e musicar.

"ah! poemas musicados? que coisa mais sacal!"

engana-se caro [eventual] leitor. engana-se.

como, se dispor de uma conexão minimamente decente, você pode ouvir algumas músicas no my space da banda [não vou ficar lincando toda hora... isso dá no saco] não vou me alongar sobre as músicas.

o mais legal é, na verdade, duas.

- o contra-baixo[-que-faz-vezes-de-celo, graças a um arco] dá uma sustentação linda na maioria das músicas. é quase como se ele fosse a terra fértil que as flores, que são os outros instrumentos, germinam. a metáfora com jardinagem é quase impossível de ser evitada. sério. as canções são primaveris ao extremo [e isso não é problema], tanto em suas letras quando nas melodias [exceto uma que 'frita' um pouco, mas como ela não tem no my space eu não lembro o nome...]

- a vocalista é tecnicamente impecável, e ainda dá um jeito de, mesmo concentrada na respiração e nas notas, ser absolutamente doce e charmosa ao cantar. e o bacana é que ela estava muito nervosa. MUITO! como eu sei isso? ela respirava errado e gaguejava [muito levemente] para falar. e porque isso é bacana? porque o nervosismo desaparecia nas músicas.

apesar desses destaques, todos os outros músicos são impecáveis. as músicas te abraçam e te levam para lugares em que é quase possível sentir o cheiro da flores e vislumbrar suas cores.

infelizmente [talvez não tanto, mas ainda assim...] as músicas têm muito mais força no palco que ouvindo. mas á pra ter um belo gostinho delas lá no my space...

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=> em tempo: antes que me crucifiquem [as três pessoas que lêem esse blogue] eu preciso dizer que não tem os nomes dos músicos, nem que instrumentos eles rspectivamente tocam e nem os nomes das músicas, muito menos agenda de shows.

não só tudo isso tá lá no espaço deles, como esse daqui é um lugar para manutenção da minha sanidade mental, logo, anti-jornalistico, no sentido clássico da palavra.