2/22/08

Filmes conhecidos (ou nem tanto) que merecem ser vistos…

Resolvi brincar de cronista. E para isso resolvi fazer textos breves de apreciação cinematográfica. Cinema é meu esporte favorito. E a idéia, como é regra neste meu quarto de entulhos de pensamento, é brincar com algumas idéias.

Para este primeiro texto eu evoco um filme relativamente novo, que acaba de ser lançado em DVD. “Mandando Bala”.

Resolvi fazer uma pequena lista de motivos para se assistir esta obra-prima de uma hora e meia.

Ei-la:

Para começar o filme tem Clive Owen. Ele interpreta o Sr. Smith. Um cara mal humorado, extremamente bem treinado em combate corpo a corpo e armas de todos os tipos e com uma estranha predileção (ou seria fetiche?) por cenouras. Sim, sim. Pernalonga (um dos meus ídolos pessoais) não surgiu na sua cabeça de graça. Em certo momento o personagem do Clive Owen chega a nos brindar com um impagável “Anh...What’s up Doc?!?!” antes de um assassinato divertido. Aliás, como tantos ao longo do filme. Mas este é um tópico que vai ficar mais abaixo.

Clive Owen é um ator genial. Concentrado, preciso e com boa química quando em contato com outros atores. E o mais legal é pensar que o filme que ele fez antes desse também envolvia um parto em uma situação perigosa e a proteção de um bebê que se revele muito importante (o outro filme, a quem interessar possa, é “Filhos da Esperança”, no Alfonso Cuarón. Genial, para falar o mínimo). Mas como ele mesmo disse: “em apenas um deles o cordão umbilical é cortado com um tiro...” precisa dizer mais?

Sim!

O filme ainda tem Paul Giamatti. Poucas vezes na minha vida eu vi um ator transparecer que se divertiu tanto fazendo um papel. Ele interpreta um gênio analítico completamente sádico contratado para dar cabo no pobre do bebê, até que o nosso querido Sr. Smith entre no caminho dele. Saca as pessoas só de olhar. Feio, baixinho, gordinho. Até o bigode do Eufrazino está lá. E sim. Para este personagem está reservado uma das melhores mortes do longa.

Para coroar o trio de protagonistas está a belíssima Monica Belluti. Ela faz uma prostituta que dá leite (!). E como não amar esses roteiristas de Hollywood que nos trazem as desculpas mais esfarrapadas para mostrar as carnes da musa italiana. (meus queridos! Não deixem de conferir os extras do DVD. Lá tem uma cena deletada em que ela paga um lindo peitinho. Isso, claro, no caso de vocês não terem saco para assistir “Irreversível”. Cinema classudo europeu não é para todos).

Há ainda a incrível trilha sonora. Nirvana, Wolffmother e Motor Head, só para citar as três primeiras músicas. Genial!

Não contentes com tudo isso, os realizadores (não me lembro de cabeça e estou, no momento, sem net. Não vou pesquisar porque os nomes dos roteiristas e do diretor realmente não vem ao caso, são meras nulidades cinematográficas) ainda nos presenteiam com deliciosas cenas de ação insanas e mortes dos melhores tipos. Todos os clichês do gênero estão presentes. O nosso herói chega a dizer em um momento: “eu não atiro em cachorros, eu gosto deles...”. Não resisto a escrever: hahaha!

O filme é excelente (e não apenas razoável como pregaram os críticos de cinema pretensamente mais habilitados e gabaritados que este que vos escreve) simplesmente porque não quer ser outra coisa que não um filme absurdamente descerebrado. Muito mais até que o filme irmão “Adrenalina”. Pelo simples motivo de que este último faz um pouco mais (mas não muito) de esforço para justificar suas insanidades.

Recomendo! E muito! Perfeito para quem chegou cansado do trabalho e quer dar um descanso para o cérebro. Ah! É imprescindível que a pessoa não se incomode com algumas cenas de muito sangue e um roteiro que mais pareça um queijo suíço.

Bem amiguinhos e amiguinhas (os eventuais três leitores deste blog), vou, mas juro que volto. Este primeiro foi só uma brincadeira que eu não resisti. Precisava brincar com as idéias que este filme me trouxe.

A partir de agora eu vou falar, eventualmente, sem método, sem periodicidade fixa e sem formato estruturado, de alguns filmes que são bem obscuros ou antigos e eu acho geniais. E também não pretendo parar com os pensamentos abstratos, mini-contos da mais insana ficção, crônicas da vida citadina e poemetos que são características deste espaço que já é característico por não ter característica... Anh?


2/12/08

empresas...

se uma empresa pode ser comparada com o corpo humano, suas funções e comportamentos, não consigo deixar de pensar que as publicações internas são um tipo de masturbação...

o que aprendemos com isso é que metáforas são legais!

2/6/08

no ônibus... (1)

se levantara para dar lugar a uma senhora.
ela o cutucou, de leve, e perguntou se gostaria que colocasse sua mochila no colo.
- esse é o menor dos meus pesos - disse, num sorriso cansado.