12/15/06

citações...

este ano eu comecei uma muito divertida coleção de citações. a idéia era pegar frases dos livros e textos que eu li que sobrevivessem fora do contexto dos ditos livros. algumas não são assim, mas são tão interessantes que merecem uma pequena contextualização, mas essa é a minoria.
na minha coleção só estão anotadas, muitas vezes, as iniciais dos autores. aqui eu coloco os nomes por extenso, mas, por preguiça de fazer uma pesquisa mínima, podem haver erros. coloquei também os nomes do livros.
bem, algumas dessas citações são de livros que eu li este ano (mas é outra minoria) e eu li um pouco mais de livros que estes este ano, só que alguns livros simplesmente não tem frases (ou não li tão atentamente assim) que sobrevivam por si só.

enfim...vamos a elas:

“O coração tem mais quartos que uma pensão de putas” Gabriel Garcia Márques, o amor nos tempos do cólera

“Deus adora ver gente com iniciativa” Chuck Pallaniuck, no sufoco

“Aí é que está o problema com as garotas. Toda vez que elas fazem um troço bonito, mesmo que não sejam lá nenhum tipo de beleza ou mesmo que sejam meio burras, a gente fica apaixonado por elas, e aí não sabe mais a quantas anda” J. D. Salinger, o apanhador no campo de centeio

“Somos bem menos gregos que pensamos” Michel Foucault, Vigiar e punir

“O valor das coisas não pode ser medido pelo que elas custam, mas pelo que custa a você obtê-las” Bob Dylan, crônicas volume I

“Se alguma coisa custa a sua fé ou a sua família, então o preço é alto demais” Idem, Ibidem

“Existe uma teoria que diz que, se um dia alguém descobrir exatamente para que serve o universo e porque ele está aqui, ele desaparecerá instantaneamente e será substituído por algo ainda mais estranho e inesplicável.” Douglas Noel Adams, o restaurante no fim do universo

“existe uma Segunda teoria que diz que isso já aconteceu” Idem, ibidem

“A quietude possui seu próprio conjunto de problemas” Dave Eggers, uma comovente obra de espantoso talento

“um pouco de possível, senão eu sufoco” Gilles Deleuze

“A visibilidade é uma armadilha” Michel Foucault

“Existem momentos na vida em onde a questão de saber se se pode pensar diferente do que se pensa, e perceber diferentemente do que se vê, é indispensável para continuar a olhar ou a refletir” Idem.

“Escrever é mostrar-se, dar-se a ver, fazer aparecer o rosto próprio junto ao outro.” Ieda Tucherman

“Somos jovens fingindo ser jovens” Dave Eggers, uma comovente obra de espantoso talento

“Cuidávamos estar perto do porto e encontramo-nos lançados em pleno alto-mar” Gilles Deleuze

“Algumas cabeças você não consegue mudar nem usando uma machadinha” Terry Prattchet, o fabuloso maurício e seus ratos letrados

“How can I tell that the past isn´t a fiction designed to account for the discrepancy between my immediat physical sensations and my state of mind?” Douglas Noel Adams

“Nossas fantasias e nossas necessidades são roterizadas” Jean-Louis Comolli, sob o risco do real

“Dizem que o diabo tem as melhores músicas. Isso é em grande parte verdade. Mas o céu tem os melhores coreógrafos” Terry Prattchet & Neil Gaiman, Belas maldições

“Eu sou o irmão dos dragões e companheiro das corujas. A pele que me recobre é negra e meus ossos estão calcinados pelo calor” Jó 30, 29-30. Citado por Alan Moore, Watchman

“A notoriedade não era tão boa quanto a fama, mas era muito melhor do que a obscuridade” Terry Prattchet & Neil Gaiman, Belas Maldições

“O cérebro humano não está equipado para ver Guerra, Fome, Poluição e Morte (os quatro cavaleiros do apocalipse) quando elas não querem ser vistas, e ele ficou tão bom em não ver isso que muitas vezes consegue não vê-las mesmo quando abundam por toda parte” Idem, Ibidem (grifo meu)

“...a civilização está a vinte quatro horas e duas refeições de distância do barbarismo” Idem, Ibidem

“Quanto mais fácil o trabalho, melhor o salário” Max Barry, Eu S/A

“Dizem que um pouco de conhecimento é perigoso, mas está longe de ser tão ruim quanto muita ignorância”. Terry Prattchet, direitos iguais rituais iguais

“Era difícil para mim acreditar. Quando o recreio terminou, me sentei na sala de aula e fiquei pensando no assunto. Minha mãe tinha um buraco e meu pai tinha um pinto que espirrava suco. Como eles podiam ter coisas como essas e continuar caminhando como se fosse tudo normal, conversando sobre banalidades, e então fazer aquilo e não contar nada para ninguém? Sentia realmente vontade de vomitar quando encarava a idéia de ter começado a partir do suco do meu pai.” Chales Bukowski, misto quente

“Porque tudo se reduz sempre a escolher entre algo ruim ou algo ainda pior?” idem, ibdem

[depois de um cachorro de rua faminto ter recusado uma parte de seu almoço] “Já não havia dúvidas de porque eu tinha me sentido deprimido durante toda a minha vida. Não estava recebendo a alimentação adequada.” Idem, ibidem

“Que tempos penosos foram aqueles anos – ter o desejo e a necessidade de viver, mas não a habilidade” idem, ibidem

“Acho que vocês terão de inventar um monte de novas mentiras maravilhosas, ou as pessoas simplesmente não irão mais querer continuar vivendo” Kurt Vonnegut, matadouro 5

“Mas os evangelhos, na verdade, ensinavam o seguinte: Antes de matar alguém, tenha certeza absoluta de que ele não é bem relacionado. Coisas da vida” Idem, ibidem

“...grandes acervos de livros comuns distorcem o espaço, como pode ser facilmente comprovado por qualquer um que tenha estado num sebo muito velho, desse que parecem ter sido projetados por M. Escher num dia de pouca inspiração e possuem mais escadas do que andares, além daquelas fileiras de prateleiras que terminam em pequenas portas que com certeza são pequenas demais para dar passagem a um ser humano de tamanho natural. A equação é: Conhecimento = poder = energia = matéria = massa. Uma boa livraria não passa de um buraco negro civilizado que sabe ler.” Terry Prattchet, Guardas, Guardas.

“A vida é apenas química. Uma gosta aqui, um pingo ali e tudo muda. Um pequeno fio de um líquido fermentado e, de repente, você consegue viver mais algumas horas.” Idem, ibidem

'O mundo terá acabado de se foder', disse então, 'no dia em que os homens viajarem de primeira classe e a literatura no vagão de carga'” Gabriel Garcia Márques, cem anos de solidão

“A razão pela qual os clichês se tornam clichês é que eles são os martelos e as chaves de fenda na caixa de ferramentas da comunicação” Terry Prattchet, guardas, guardas

“'Raspa, navalha', parecia dizer sua pele, 'não rasparás o que senti e sei!'” Ítalo Calvino, o amores possíveis

“Os outros lugares são espelhos em negativo. O viajante reconhece o pouco que é seu descobrindo o muito que não teve e o que nunca terá” Idem, as cidades invisíveis

“Era tal meu desvario, que em uma manifestação estudantil com pedras e garrafas tive que buscar forças na fraqueza para não me colocar na frente de todos com um tetreiro que consagrasse minha verdade: Estou louco de amor.” Gabriel Garcia Máquez, memórias de minhas putas tristes

“Também a moral é uma questão de tempo, dizia com um sorriso maligno, você vai ver.” Idem, ibidem

“O sexo é o consolo que a gente tem quando o amor não nos alcança” Idem, Ibidem

“Interrompia a cada tanto o que estivesse fazendo para ligar para ela, e insisti dias inteiros até compreender que aquele telefone não tinha coração.” Idem, ibidem

“Ninguém pode abrir sozinho o seu túnel pessoal para a claridade do dia, sem o risco de morrer sob os entulhos” Aníbal M. Machado, cadernos de joão

“No curso regular da frase pode uma palavra, uma imagem ou um movimento imprevisto assumir a força de uma aparição e iluminar subitamente toda a estrutura verbal. O que era neutro e opaco passa então a irradiar. Como se palavras esperassem a privilegiada portadora do elemento mágico que leva a todas a transfiguração da poesia.” Idem, Ibidem

“Mesmo a caminho da forca se deve apreciar o passeio”. Idem, ibidem

“O espírito só tem uma idade: ou é sempre jovem ou não é espírito.
Tudo mais é arquivo e reminiscência.” Idem, ibidem

“O pior momento não é o da morte. O pior seira se ela, minutos antes de chegar, nos acordasse do sonho da vida.” Idem, ibidem.

12/8/06

apenas uma dúvida...

como saber que o que a gente chama de personalidade não passa de um medo absurdo de abrir mão do que você acredita ser o que você é?

12/7/06

sessão da tarde...

ontem eu vi "milagre na rua 34" do jonh hughes na sessão da tarde.
a história, basicamente, é a de um papai noel que pode ser real trabalhando em uma grande lojas de brinquedo em nova yorke...
não é difícil acreditar em em um papai noel, um bom velhinho.
o difícil é acreditar em um advogado, rico e com conciência...
até parece...

11/19/06

hum...

as vezes a vida dá umas voltas curiosas...
pára no mesmíssimo lugar, com sutís diferenças...

11/2/06

o homem e seu duplo...

todo homem, além de ser ele mesmo e todos os outros inerentes a ser si, é também um outro. enquanto um passa os dias se deixando levar pela vida, o outro assume uma atitude passiva, contemplativa, crítica.
um , este primeiro, é aquele que vai, sempre. que não reflete sobre seu lugar no mundo, só quer saber de ocupar um lugar atribuído a si. o outro não quer lugar nenhum. mas não suporta qualquer desses lugares.
enquanto o primeiro precisa se aproximar, ser camaleônico qual Zelig de Woody Allen, ser massa, o outro passa seus dias distânte, se horrorizando com toda e qualquer atitude que o primeiro toma.
mas a crítica não é exclusividade do segundo. o primeiro faz questão de ser sempre muito severo com a passividade do segundo. acha-a muito próxima da arrogância. e deve ser mesmo.
mas a questão é que todo homem é, em verdade, o resultado de onde e como ele se situa entre esses dois reflexos díspares de si, gerando assim um terceiro que, este sim, é uma representação de si mesmo que se dá pelo choque que é gerado entre esses dois homens. não há um lugar certo para se ficar, mais próximo deste ou daquele. o que é certo é o erro que muitos homens cometem ao se situar confortavelmente em um lugar no meio de seus duplos.
o mais importante é, sem dúvidas, estar em trânsito.

10/22/06

última conversa...

- acho que não dá mais.

- não dá oque?

- nós dois...

- por que? como assim? achei que a gente estava tão bem? me diz o que aconteceu nos últimos 10 segundos?

- a gente nunca esteve bem...

- como não? você está doido?

- não. só não dá mais.

- me dê um único motivo.

- cansei de ter que existir por nós dois.

10/18/06

desventura...

ontem eu saí de casa e enfrentei uma das maiores chuvas dos últimos tempos em bh para ir ao show do cordel do fogo encantado, max de castro e pedro morais, entre outros, no conexão telemig celular.
é uma comemoração institucional, então os ingressos são muito baratos. 10 inteira e cinco meia.
andei uma hora em um ônibus cheirando a cachorro molhado (o ônibus, não eu...) para chegar lá e os ingressos do dia estarem esgotados.
ao lado da bilheteria um cabista estava vendendo os ingressos a 15 reais.
sabe, eu não me importaria de pagar 15 reais em um show de bandas que eu gosto tanto. o que me indignou, no fim das contas, foi que esse cara estava cobrando 3 vezes o preço do show (que estava vazio, afinal era uma terça feira) e que esses caras, de tanto comprar ingressos para revenda, acabaram esgotanto todos!
resolvi ir para casa e dormir. (não bem assim, aluguei um filme para a noite não ficar totalmente perdida)
bem... no fim das contas eu só quero dizer o seguinte:
MORTE AOS CAMBISTAS.
eu sei que esses caras precisam ganhar dinheiro. eu sei que a ticket master é uma merda e tals...
mas isso não dá as pessoas o direito de superfaturar o direito que outras pessoas tem de curtir um bom show.
dentro da lógica capitalista vc ganha dinheiro em cima do valor que se agrega à produtos e serviços.
eles não fazem isso. não agregaram nada!
por isso fica aqui, registrado, o meu protesto!

10/11/06

pensamentos...

- amar talvez seja a derradeira aventura.

- crianças não sabem que são. por isso, podem ser quem elas querem ser.

- felicidade é ser quem você quiser na hora em que você quiser.

- quando eu crescer eu quero ser eu mesmo e mais ninguêm.

- mas quero ter liberdade para ser todo o resto...

10/8/06

sexo...

muito além do prazer carnal puro e simples (importante, claro) está a união de duas almas (as vezes mais, mas vamos nos ater ao sexo convencional).
mesmo que seja sexo casual, existe, ou deveria existir, um momento em que as duas almas deverão estar tão ou mais envolvidas que os próprios corpos.
e não estou falando que sexo tenha que, obrigatoriamente, ser feito com amor. longe disso.
que eu quero dizer é que sexo só é bom por que é um momento em que é feita uma ponte entre os corpos e as almas podem entrar em contato.
de resto não é sexo. não é nada além de um passatempo vazio, ainda que divertido.

10/6/06

drogas...

eu, volta e meia, me pergunto por que as pessoas usam drogas...
é muito melhor ser alcoólatra! é um vício que você pode sustentar sem se esconder dos seus pais... olha que legal!
além do que, eu mesmo já tive muitas experiências pisicolélicas sómente com o maravilhoso mundo do OH ligado em carbonos de ligações simples!!!

10/3/06

anamorfose...

- quem você pensa que é?
- qual eu acha que será?
- quantos ela sonha levar?
- como tú quer lavar?
- quando verá amor?
- quem ama vero?
.
.
.

9/26/06

hum...

já pensei muito e muito sobre qual o sentido da vida.

a resposta?

não. não é 42. (essa é a resposta à pergunta fundamental sobre a vida o universo e tudo mais)

a resposta correta é logo ali à direita!

9/17/06

curiosidade...

quando um amigo se torna velho?
quando a paixão se torna amor?
quando a solidão se torna insuportável?
essas coisas são variávies em relação a cada pessoa?
quando a dor vira saudade?
quando a saudade vira necessidade?
ou tudo não passa de uma grande ilusão?
ir? vir? qual a diferença afinal?

9/14/06

vida moderna...

- eu queria ser poeta.
- e ia viver como?
- de poesia!
- isso não dá dinheiro!
- eu quero voar e levar pessoas junto!
- isso não enche barriga!
- eu quero transformar sonhos em palavras, imagens, ações...
- e esse emprego tem salário?
- eu quero viver e morrer em um único olhar!
- vai viver na miséria e morrer de fome...
- eu preciso de pessoas e suas faíscas!
- vai se queimar no fogo...
- eu só quero ser feliz...
- viver de ilusão, isso sim!

9/12/06

comunicação social...

o curso de comunicação social é onde o cidadão aprende superficialmente tudo o que os outros cursos ensinam em profundidade.

9/10/06

uma frases...

um belo resumo da vida de um vinte-e-poucos por The Magic Numbers:

"...one more drink and I´ll be fine, one more girl to take out off my mind
one more girl and I´ll be fine, one more drink to take out off my mind..."

e por que não?

afinal, já dizia Oscar Wilde:

"Viva depressa, morra jovem e seja um cadáver bonito".

e o que tiramos disso? nada! apenas que o importante é viver sem se deixar abater...
acabo isso agora antes que eu termine escrevendo um manual de auto-ajuda!

9/9/06

história real...

ganhei de presente um mp3 player e virei autista!

9/3/06

pessoas...

é triste ver como as pessoas querem ver revolução, desde que não sejam elas a fazer.
é triste ver como as pessoas não tem problemas com negros, gays ou qualquer outro marginal (no sentido de excluído socialmente), desde que não sejam seus filhos os gays, ou os que namoram com os negros.
é triste ver como as pessoas estão confortáveis em seus desconfortos.
é como se de tanto ser forçado a se encaixar, os corpos ficaram no formato exato de suas formas, e agora não há alívio em sair desta forma. muito pelo contrário.
corpos dóceis, disse Foucault certa vez...
falou certo.

8/26/06

blá blá blá...

blé blé blé.
blí blí blí.
bló bló bló.
blú blú blú.

resumo assim, com muita abragência e sem medo de erro, a vida de muitas pessoas.
incluindo aí a minha.

8/14/06

A grande saga do pequeno homem...

depois de morto se deu conta de que tudo quanto lhe seria necessário para ser feliz estava ao alcançe da mão.

8/13/06

pai...

nesse ponto, pelo fato de hoje ser o dia dos velhos, me dedico a falar do meu pai.
falo dele por ser o que eu conheço.

não há muito o que falar sobre ele, e não que isso seja ruim. homem simples, gostos simples, pensamento simples, vida simples.
toda a vida dedicada a ser feliz incomodando o mínimo de pessoas possível em seu percurso. homem de pensamento sempre prático, pensando na melhor maneira de chegar a "B", partindo de "A".

grande pequeno homem...

meu pai e ídolo!

8/11/06

mudança biológica...

o ser humano deixou, já a alguns anos, de ser homo sapiens e mudou para o infame homo burocratis.

acerca da frase em si:
1 ele não evoluiu por que evolução implica sair de um estado e passar a outro melhor. a palavra é mudança mesmo!
2 não coloco em negrito e nem em itálico os verbetes "homo sapiens" e "homo burocratis" por que isso é recair na burocracia que eu condeno.

acerca da afirmação:
não dá né? como sobreviver em um mundo em que pessoas passam suas vidas medíocres se apegando à microestados de poder? onde o que importa é ser senhor de seu pequeno pedaço de mundo e humilhar todo e qualquer ser que não irá revidar em um, ao menos, futuro próximo?

o homo burocratis já está dando no saco e esse sim é o tipo de ser que merece ser erradicado da face da terra!!! por que senão, como sugeriu o sempre genial Douglas Adams certa vez, eles irão destruir a terra, mas não por fora com seus vogons burocratas, mas sim por dentro com sua inabilidade de entender que o mundo funciona como um sistema no qual todo e qualquer ser faz parte.

não, não sou contra o individulismo. sou radicalmente contra o egoísmo burro que não nos deixa enxergar para além dos nosso umbigos!!!

8/6/06

amor...

acho, sinceramente, que o cinemão americano matou o amor.
afinal, eles são obrigados a contar uma estorieta em poucos minutos, então, quase sempre, eles lançam mão do recurso do amor à primeira vista e do viveram felizes para sempre.
assim não há amor que se sustente na vida real.
amor é construção. é caminho que se partilha. é ter defeitos. é amar os defeitos. e detestar as qualidades.
claro!
o amor de verdade acontece nos defeitos. é muito fácil amar o Marlon Brando em um bonde chamado desejo. ele é perfeito. mas esse amor não dura por que, justamente, ele é perfeito.
só que as pessoas se esquecem disso. as pessoas se tornaram descartáveis para as pessoas. então, nos primeiros defeitos, elas são jogadas fora.
nós perdemos a noção do que é realmente importante (ou talvez nunca tenhamos tido e os casamentos só durassem por questão de aparência).
o importante é ser uma pessoa completa antes de querer ter alguém ao lado. é imbecil querer alguém para te completar. as pessoas não têm que completar umas às outras. elas têm que estar juntos. juntos não serão um. mas dois, dez, mil.
mas o que eu sei?
eu sou só um solitário convicto...

8/2/06

apenas alguns pensamentos soltos...

teatro sem fala é dança?
dança com fala é teatro?
Samuel L. Jackson faz filmes ruins só por dinheiro?
livros de adolescentes falam muito de sexo por que adolescentes não o fazem ou fazem pouco?
as pessoas estão ficando burras?
eu estou ficando orgulhoso?
a poesia perdeu a rasão de ser na modernidade/comtemporaneidade?
será que realmente acabou toda a inocência do mundo?
por que quando mais o mundo precisa de bom senso e boa vontade as pessoas parecem mais egoístas, ou seria o contrário?
do que todo mundo tem tanto medo?
por que as pessoas deixam de viver para proteger suas vidas?
por que as pessoas que mais falam são as que menos tem o que dizer (eu inclusive) e vice-versa?
por que, diante de um mundão de possibilidades, as pessoas só conseguem olhar para seus umbigos?
por que as pessoas tem vergonha de ser elas mesmas e criam disfarces? (não, eu não estou falando das máscaras sociais, estou falando de disfarces mesmo)
por que as pessoas querem ser uma só, quando é muito mais divertido assumir sua pluraridade?
quais as chances, verdadeiras, de um casamento dar certo?
por que as pessoas estão cada vez mais egoístas?
por que as pessoas sorriem cada vez menos, mesmo sabendo que um sorriso leva a outro?
por que as pessoas se deixam definir por aquilo que elas fazem e não por aquilo que elas são?
por que ninguem mais quer ser astronauta?
por que os jogadores de futebol se tornaram modelos de comportamento?
se as coisas feitas com o coração são comprovadamente melhores, por que as pessoas continuam fazendo coisas por dinheiro?
.
.
.
outra lista interminável...

7/26/06

hollywood...

assisti ontem ao "segredo de brokeback mountain" do excelente diretor Ang Lee.

bem, antes de tudo eu tenho que falar algumas coisas. é um filme tecnicamente bacana, bem montado, com uma fotografia belíssima e coisas do gênero.
também aplaudo de pé a iniciativa de tratar um romance homosexual como se fosse uma coisa normal, afinal, tirando o gênero de alguns atores, muito pouco poderia se tirar do filme para que ele se tornasse mais uma comédiasinha água com açúcar.

e, nesse ponto onde, por um lado, reside a força do filme, é que ele se enfraquece. quer dizer, o filme não tem nem uma única relevância à história do cinema enquanto arte. é só um filme de romançe, nada mais. o resto são um monte de clichês.

bom seria viver em um mundo onde esse tipo de história fosse corriqueira. que não fizesse tanto barulho.

um dia, se Deus quiser, nós assistiremos esse filme, ou filmes assim, não por que se tratam de histórias de homosexuais. mas os assistiremos como assistimos "harry and sally", ou seja, por que nós gostamos de belas histórias de amor. nada mais e nada menos.

7/25/06

globalização...

em um lugarejo de pouco mais de mil habitantes eu conheci, vi e entendi mais sobre globalização do que em 3 anos e meio de curso superior de comunicação.

lá eu vi brancos tocando música negra não por afirmação, mas por ser música boa. vi um peruano de mentira tocando coisas de verdade e um peruano de verdade tocando mentiras sinceras. vi crianças brincado de adultas e adultos trabalhando como crianças. vi mais beleza em uma única paisagem que em muitos lugares de minhas andanças. vi poesia. não, eu não li, não ouvi. eu vi poesia! vi negros, brancos e índios. tinha até uma descendente de orientais que tirava tarot.

eu vi mágica... e aí eu tive que voltar... mas talvez assim seja bom. não tive que conhecer os defeitos!

7/14/06

meta post...

blog é uma coisa curiosa. é estranho ter esse lugar, acessível à todos, onde é possível largar seus pensamentos (é quase a penseira do Dumbledore, do harry potter, que não deixa de ser mais um plágio descarado da bacia de prata da Galadriel do Tolkien...enfim)

o fato é que, se não tomarmos cuidado, isso aqui pode ser mais invasivo que uma foto pelado publicada na internet, ainda mais por que as pessoas que visitam esse blog são amigos, conhecidos, ou amigos de amigos. já que a relevância social deste aqui é algo entre zero e nulo.

mas nunca foi minha pretenção ter um blog em que eu refizesse o trabalho dos jornalistas. não mesmo! apesar de ser estudante de jornalismo eu nunca tive essa vontade, muito menos com esse blog!

o negócio todo é que o máximo de relevância que isso pode alcançar é se algum dia eu resolver, aqui, falar sobre filmes e livros (minhas maiores áreas de interesse, apesar de gostar muito do teatro e teaoria social também). mas o negócio todo é que isso aqui tem que funcionar para mim como um depositório de pensamentos. um modo de fugir do mundo, me distanciar, para só então eu poder ter vislumbres de compreenção de seu modus operanti (é, eu sei que devia estar em itálico, mas what a hell).

uma outra coisa que me preocupa é de isso virar um espaço de revolta consentida. como, eu penso, aconteceu com o Fórum Social Mundial. se tornou 'um lugar onde a esquerda pode debater enquanto o governo faz o trabalho de verdade', pelo menos foi essa a impressão que eu tive.

meu medo é esse. que esse, ou qualquer outro blog, perca sua funcionalidade de relevância (ainda que o meu não seja relevante em um nível macro, sem dúvida ele tem a sua relevância em nível micro estrutural) por um espaço consedido, limitado e limitante. que este blog, lembrando Foucault, esteja mais empregado às linhas de poder e saber que as de subjetividade.

7/12/06

parents just don´t understand...

esse aqui é um pequeno protesto contra a tendência natural que os pais tem de infantilizar o que nós, filhos, fazemos.

para minha mãe, eu nunca fui à musculação...eu ia para a ginástica!

eu entendo ginástica como aquelas aulas com pessoas pulando de um lado para o outro (principalmente quando eu tinha maus 16 anos e tinha entrado p/ academia). bem, convenhamos, ginástica não é tão viril quanto musculação.

para minha mãe, eu nunca fui correr...eu ia caminhar!

caminhar é coisa que os velhos e gordinhos e mulheres fazem. eu ia correr. rápido! também vem com problemas de virilidade.

para minha mãe, eu nunca tive amigos...eu tive coleguinhas!

bem, coleguinhas também é bem gay. entendam...não sou homofóbico (pelo menos não me vejo assim) mas ter coleguinhas em uma fase de afirmação social como a adolescência foi triste!

para minha mãe, eu nunca...

enfim, ela tinha essa mania de reduzir o nome das coisas que eu fazia... a lista é interminável, eu juro!

mas é só para que haja uma manifestação para que as mães parem de tratar seus filhos com essas coisas. tratando-os como se fossem animaisinhos de exposição...
eu simplesmente tenho medo dessas mulheres e homens que exibem seus filhos como troféus e festas. tratam as pobres crianças como poodles ensinados...

- fala mamãe! fala mamãe!

-maa... maaa...

-eeeee, lindo, agora manda beijo p/ tia vani!

triste... falta pedir para que eles rolem e façam piruetas... e darem a eles biscoitos se executarem os truques com perfeição...

ah! infâncias terríveis...

7/8/06

jornalismo...

hoje me sinto compelido a falar sobre peridioticismo...

os floreios da frase acima já são determinantes sobre um dos aspectos problemáticos do jornalismo...
enfim, acho que todo problema (antes de falar da técnica textual) está intimamente ligado à verdade!

primeiro devemos entender que verdade é um conceito abstrato... não existe verdade absoluta. a aprtir do momento que se entende que os cinco sentidos estão aqui mais como filtradores de informação que captadores em si compreendemos que não há como entender que existe uma verdaed única e absoluta...afinal, como provar que a verdade captada pelos meus sentidos é a mesma da captada por outra pessoa que experienciou o mesmo fato, mesmo que seja ao mesmo tempo...

faça a experiencia! pegue dois equipamentos de registro visual (vídeo ou foto) idênticos e dê a duas pessoas quaisquer e peça para registrarem um evento qualquer... existirão discrepancias tão grandes sobre o que foi registrado que é difícil pensar que as fotos foram tiradas simultanemente!

dito isso, como pensar que um texto, de uma pessoa que não esteve lá, que apenas ouviu quem esteve lá (lá, eu me refiro ao acontecimento em si) pode ser objetivo, imparcial?

enfim, eu acredito que o jornalismo deveria ser feito de forma mais poética (ah! bons tempos os de João do Rio!) sem essa técnica burra que prende a cabeça das pessoas ao invés de tentar apreender aspectos mínimos da verdade...

verdade? verdade é o que eu penso! é a minha verdade! e de ninguem mais! e que o que eu digo que é que seja!

realidade é produção! é construção! eu monto a minha realidade de forma que eu seja a pessoa a estar ciente dela mesma!

parece loucura?

...loucos são os que se permitem contaminar pela realidade dos outros...
...loucos são os que não produzem sua própria realidade!!!

novela...

que belíssima merda!

minha mãe apareceu na minha casa e me 'obrigou' a assistir essa novela...o capítulo final...
bem, tirando que nos pontos em que podia inovar o autor recaiu em todos, TODOS, os clichês do gênero, tirando que onde ele poderia ter inovado ele meteu os pés pelas mãos criando uma árvore genealógica mais confusa que a dos antigos reis europeus.

tirando tudo isso...

na verdade não... não quero excluir tudo isso!!!

o picareta do autor ainda me inventa de escrever e produzir cinco, 5, finais diferentes. eu, siceramente, espero que essa porcaria de final tenha sido o pior que ele escreveu. pq se esse foi o melhor o Brasil foi pro espaço!!!!

o que aconteceu com novelas como "o bem amado", "roque santeiro", "escrava isaura" (original)... novelas que minha geração nem viu (bem, roque santeiro passou a alguns anos atrás numa reprise, mas não vem ao caso pq o "vale a pena ver denovo" sempre edita, mutila, as novelas)...

enfim...rogo para um mundo em que a produção televisiva não esteja tão apegada aos apelos mercadológicos, sendo causa e consequencia da moda. um mundo em que a mídia, na verdade, não tenha que pedir permissão para seus respectivos departamentos de marketing para fazer suas representações de mundo...

belíssima porcaria!!!!

7/5/06

esqueci...

esqueci de dizer que isso que foi escrito sobre mim por essa amiga logo ali em baixo é uma das coisas mais tocantes que alguém já me escreveu (ao lado talvez de alguns testemunhos no orkut)
e que se eu fosse um pouco mais sensível eu choraria.
no mais eu tento ficar mais um tempo sem falar tanto assim de mim e mais do mundo a minha volta...

ainda aprendendo...

hoje eu pedi, encarecidamente, que uma amiga desse uma passada no meu blog...
ou seja, aqui...
ela leu o post anterior a esse (talvez um dos meus mais inpirados, por isso eu recomendo para que assistam "O Livro de Cabeceira" (Pillow Book) de Peter Greenaway, que é simplesmente lindo, para que entendam o que eu realmente tinha em mente quando escrevi aquilo) e tentou me escrever algo aqui.
ela não conseguiu por não ser cadastrada do blogger, por estar esta exigência na área de comentários.
então, ela escreveu este muy comovente texto sobre mim em seu prórpio blog:

Indignada
Um post pra vc? Não vou deixar não...
Não vou dizer que esse é, mais uma vez, um dos melhores textos q li.
Não vou dizer q me reconheci em alguns momentos e percebi q vc não tava mentindo qdo disse q pensou em mim.
Não vou dizer q sinto falta de nossas conversas intermináveis. Nem tão pouco dizer q sinto vc perto de mim em alguns momentos-chave.
Não vou admitir q vc é presente sempre q escuto algumas músicas, sempre q leio a abreviação 'BH', sempre q vejo bons filmes ou leio bons livros.
Não vou dizer q elegi uma livraria como a minha preferida pq ela tem cheiro de livros novos.
Não vou te contar q tomei um banho de chuva dias atrás e agradeci a Deus por ter amigos tão especiais como vc.
Não vou dizer nada disso pq sei q vc já sabe (e consegue conviver com isso sem se tornar insuportavelmente superior).
Amo vc.


bem... problema notificado e respondido.
e como eu disse antes uma das coisas mais bacanas da vida são os bons amigos...
(agora a coisa mais engraçada é ela não deixar alguem de fora do msn spaces escrever no dela tb...)
se quiserem saber mais sobre essa boa amiga é só entrar: vidinhamaisoumenos.spaces.msn.com

7/2/06

Sei Shonagon...

a lista das coisas realmente legais:
um olhar de uma bela mulher desconhecida perdido na multidão;
cheiro de um livro novo;
terminar um bom livro, fechá-lo e fazer um pequeno exercício de digerir tudo o que foi lido;
beijo;
cheiro de uma bela mulher;
uma imagem que pode ficar na sua cabeça por muitos e muitos anos;
aquelas coisinhas charmosas, estranhas e engraçadas que cada mulher aprendeu a fazer ao longo dos anos e que nos deixa louco;
dormir depois de um dia satisfatoriamente exaustivo;
acordar ao lado de alguém que já esteja sorrindo para você;
perder o fôlego por qualquer coisa que tenha valido a pena;
surpresas agradáveis;
amigos;
amigos com cerveja;
velhos amigos, de preferência com cerveja;
um filme que mude a sua vida;
na verdade, qualquer coisa que mude a sua vida;
encontros que o acaso proporciona;
carinho;
aquela música;
acordar e ter ceteza absoluta que se está onde se deveria estar;
o sol;
a chuva;
o mar;
frases de impacto;
gargalhada sincera;
ligações inesperadas de pessoas queridas;
reciprocidade;
abraço;
correr até se perder;
sorriso;
rostos amigáveis;
conversas inermináveis;
estar sozinho e se descobrir um companhia incrível;
beleza em todas as formas e tamanhos;
ficar em casa;
sair de casa;
boas piadas;
.
.
.
essa lista pode chegar facilmente ao infinito... a culpa é minha, é essa mania boba de copos cheios

6/25/06

curioso...

curioso como eu fiz um post intilutado vida (um tanto pessimista sobre as pessoas)
e, dias depois, um outro intitulado morte (um tanto otimista em relação ao meu fim)

curioso como eu, revisitando alguns textos, tenho visto como alguns soam bem rabugentos.

curioso como eu realmente não me sinto um cara rabugento. tá certo que, por um lado, eu, numa auto-definição, tendo a me ver como uma pálida versão do Seinfeld. um cara legal e inteligente o suficiente para ver o quão o mundo está (ou será que sempre foi?) uma coisa estranha.

eu sei que disse no 1º post que este blog não é sobre mim, mas sobre meus pensamentos. mas é pq agora eu sinto uma certa necessidade de pensar sobre mim mesmo em relação à este mundo.

por um lado eu talvez esteja ainda meio abalado com a morte do pai do meu amigo (e não só dele, mas recebi notícias de muitas mortes recentemente, não de pessoas à minha volta, mas de pessoas em volta de pessoas à minha volta).

mas o negócio é que o mundo tem estado cada vez mais doido e eu me pergunto cada vez mais o que eu posso fazer para ajudar, ou se eu devo ajudar... vai ver o doido sou eu e o mundo tá do jeito que devia estar, um grande caos que precede a entropia... ou algo do gênero.

curioso como eu faço devaneios para dizer algo que já nem lembro mais. talvez não tenha importância.

curioso...

6/24/06

morte...

ontem o pai de um grande amigo morreu.
coisas da vida (diria
Kurt Vonnegut)
nesse mesmo dia eu vi esse amigo chorar. isso doeu muito por que era um cara que estava sempre de alto astral. não como as pessoas são felizes normalmente. o cara tem um bom humor de assustar. sempre o centro da festa, sempre rindo, sempre querendo ver as pessoas à sua volta felizes, sempre um cara muito, muito, muito legal. o cara bateu o carro uma vez e saiu rindo.
sem dúvida um dos caras mais incríveis que eu já conheci.
e ontem eu vi esse cara chorar como uma criança. acho que foi uma das cenas mais tristes que eu já presenciei.

isso me fez parar para pensar na minha vida. na vida das pessoas. no quão efêmera é a existência.
provavelmente aqui se seguirão uma série de considerações sobre a vida e a morte que já foram usadas mil vezes antes de mim. e como não quero entediar ninguêm... enfim...

mas eu fico apenas pensando que eu ainda não sofri uma grande perda na minha vida. não perdi alguêm importante. como vou reagir? o que acontecerá? eu vou chorar? eu vou ter essa dimensão de que posso nunca mais ver essa pessoa? eu vou chorar? na hora? no dia seguinte? uma semana depois?

e quando eu me for? pessoas vão chorar? eu quero realmente que as pessoas chorem?

acho que não. talvez uma barganha. um sorriso para cada lágrima. eu tenho essa estranha sensação de ser um cara legal, agradável, engraçado às vezes. então eu gostaria, realmente, que as pessoas tentassem fechar os olhos e se lembrassem do tempo em que eu estive do lado delas (e como foi bom), como se estivessem tentando lembrar do gosto de um doce bem saboroso, e sorrissem com isso, do que se elas gastassem esse tempo precioso e efêmero na terra se lamentando pelo que não vão curtir comigo, o pelo que eu não vou ver...

acho bem justo!

6/4/06

responsabilidade...

esse negócio de blog é uma coisa engraçada.
eu fiz esse para ter um lugar onde pudesse colocar minhas melhores gracinhas, falar de minhas loucuras, enfim, por para fora o que eu pensodo mundo.
o que acontece é que, em geral, eu tenho temas ou anotações para uma postagem a cada uma ou duas semanas. se isso!

então, me sinto culpado por ter montado isso daqui e não dar a devida atenção. é como aquela coisa de celular. vc não dá atenção até ter um.

e isso é um saco. não consigo pensar em coisas suficientes para colocar aqui. bem, na verdade eu até consigo, mas a maioria não passa pelo meu crivo. (e pelos posts anteriores dá para ver claramente que ele não é lá muito rigoroso).

de qualquer jeito o melhor que eu consegui pensar foi nesse meta-post...

que bosta!

6/3/06

vida...

eu entendo cada vez menos os pessimistas.

sei lá, o mundo é muito bom. a vida é muito boa.
é claro que há as mazelas e tal. a fome na África, a seca no Nordeste, enchentes, morte, guerra, fome, poluição.
mas eu ainda acho a vida boa. mesmo quando acontece uma merda bem grande comigo eu acho a vida maravilhosa e não consigo deixar de pensar que aquilo foi posto ali (Deus, Destino, Coincidência, chame como quiser) simplesmente por que a gente precisa valorisar os bons momentos.

tenho um amigo que diz: "o mundo é injusto. então, por que não pode ser injusto a meu favor?"

no que me concerne ele apenas não concegue reconhecer quando o mundo é justo. não vê quando uma bela mulher lhe sorri por que está muito ocupado esperando um raio cair na cabeça de um desafeto.

mas aí não há justiça que dure...

5/28/06

semáforo...

o vanguart é aquela música bem apanhada que diz não acreditar nas mulheres...mas que acredita em no semáforo, no avião etc...
enfim, acredita em coisas palpáveis.
a música se chama semáforo.

hoje em dia to achando difícil acreditar até em semáforos...

pelo menos eu tendo a achar que quando vc aperta o botão p/ que ele feche e vc possa atravessar a rua vc só ganha um alívio psicológico.

pq eu, pelo menos, espero mais ou menos o mesmo tempo apertando ou não o botão.

enfim, contrariando o vanguart, vivemos tempos tão estranhos que é difícil acreditar até no semáforo.

5/16/06

frustação...

as vezes é simplesmente horrível viver num mundo quase sempre aquém da sua imaginação.

5/2/06

no teatro...

semana passada eu fui assistir uma peça.
a companhia acômica está completande 10 anos e estão reencenando algumas de suas melhores peças de graça no galpão cine horto de bh.

até aí tudo bem. entrei e assisti uma peça excelente. tão boa que quase me fez esquecer o ano passado de peças não tão interessantes que assolaram a capital mineira.

a peça se chama lusco-fusco, ou todo mundo muito romântico. ela trata do patético da existência humana e de nossas pequenas idiossincrassias... muito bom mesmo, atores afinados e bons textos.

mas a questão não é essa.

a questão é que as pessoas (ainda pensando um pouco no post anterior) não tem a menor noção de vida em sociedade. logo no começo, quando foram dados os três apito finais que marcam o início da apresentação, um engraçadinho já falou em alto e bom som "ou! tá funcinando!". como se a campanhia estivesse sendo testada.

esse, para mim, é um dos cúmulos da ignorância pós-moderna. aparentemente o cara:

1. nunca foi a um teatro (o que é lamentável, por que o teatro nacional tem coisas belíssimas)

2. não tem o menor senso de educação, já que um teatro é um lugar público e haviam pessoas interessadas em assistir a peça sem comentários engraçadinhos de péssimo gosto.

não bastasse isso, muitas pessoas se esforçaram muito para gargalhar a peça inteira. isso me deixa intrigado por que, ainda que a peça tenha alguns momentos de comicidade, esse não é seu forte (o grupo se chama Cia. Acômica, isso já deve dar um pista). eu só posso crêr que o que as pessoas conhecem como teatro são as peças populescas como "acredite, um espírito baixou em mim", "como sobreviver em festas e recepções de buffet escasso" e pérolas do gênero.

nada contra essas comédias. mas o problema que elas são dominantes do grande circuito de teatro e o povo acaba sem conhecer mais nada. a culpa não é das pessoas totalmente. há, realmente, pouco patrocínio e incentivo à peças que não sejam de comédia pastelão. afinal o retorno é baixo.

mas aí se dá também algo que eu chamo de paradigma de tostines na cultura de massa. o retorno é baixo por que há pouco inverstimento, ou há pouco investimento por que o retorno é baixo.

eu, pessoalmente, acredito que seja um pouco dos dois.

já a três anos eu participo de um grupo de teatro amador. é muito interessante como as peças (adaptações de contos nacionais, nunca comédias escrachadas, sempre com um tom autoral) tem uma boa recepção. mesmo a gente tocando em feridas sociais (a última achincalha a família como instituição).

enfim, essa, como muitas das coisas que eu penso, é uma coisa que deve ser mais bem pensada. mas acho que as pessoas poderiam dar mais valor à arte. afinal, é a cultura que jsutifica a sociedade civilizada e nos separa dos animais (até onde eu sei é apenas a cultura...)

4/23/06

burrice...

ando cada vez mais preocupado com o mundo.
essa síndrome de mafalda que me acomete é por que tenho achado as pessoas cada vez mais burras!

sabe as pessoas que encaixam suas pequenas mentes num processo burocrático e não conseguem ver nem fazer nada além daquilo que lhes é pedido, ou devido?

BURRAS!

pessoas que vira e mexe cometem os mesmos erros da mesma forma com as mesmas pessoas?

BURRAS!

pessoas que ganham muito dinheiro e não conseguem fazer mais nada com ele além de ganhar mais dinheiro?

BURRAS!

.
.
.

a lista é interminável... mas o problema é que esse é o tipo de pessoa que está comandando o mundo agora... pessoas que não conseguem ver além de uma perspectiva pobre.
o nosso querido presidante norte-americano, por exemplo. não se preocupar com coisas como o protocolo de Kioto é uma grande burrice. afinal, de que adianta garantir o presente dos americanos se a qualidade de vida estará comprometida em 50 anos? é realmente prudente deixar tantos erros serem acumulados para explodirem no futuro.

acho que toda essa burrice está trelada a um grande senso de egoísmo. o Brasil mesmo. se a culpa pode cair em outros num futuro de médio-prazo, por que eu tenho que me preocupar agora?

pelo menos para mim é importante se preocupar agora pelo simples motivo de que, senão, o mundo vai ficar uma bosta!

mas esses são exemplos globais. eu ainda fico imprecionado em como as pessoas sentem prazer em dificultar as vidas umas das outras por nada.

eu ainda penso que não custa ser gentil com as pessoas. não custa nada. e as recompensas são enormes...

4/16/06

evolução...

cheguei a conclusão que tudo é culpa da moda.
pensem comigo.
se não tivesse sido moda andar em duas patas, ao invés de quatro, o homem não teria ficado "erectus".
seleção natural fashion!

4/13/06

falta do que fazer...

ando meio desempregado...
por isso ando, também, com muito tempo livre e, por mais que eu goste muito de ler e ouvir música ou ir ao cinema tem horas que vc não tem mais olhos, saco, ouvidos, cabeça ou dinheiro para isso tudo...
então vc se desliga (mas não muito) e se deixa levar pela televisão...
então, numa dessas tardes de ócio eu comecei a ver malhação (eu estava vendo um filme, cochilei, acordei no começo do folhetim, aqui em casa não temos controle remoto, estava com preguissa, efim, vocês entenderam...)
e, logo na abertura, vi que eles usam oito (8), oito pessoas para escrever aquelas histórias (sim, aquelas histórias, como se ninguém tivesse lido Shakespeare...e, infelismente, não leram mesmo) além da mais duas para revisar.
tudo bem que tem que ser produzidas em torno de duas horas e meia de programa por semana, mas, justiça seja feita, excluíndo as vinhetas e os comerciais, a gente fica mesmo com umas duas horas, e olhe lá.
mas a grande questão é que, pela baixa qualidade da narrativa, eu acho, que precisaria só de uns dois, no máximo...
afinal de contas, já a uns bons anos (tá...eu assisto de vez em quando) que as tramas são de um casal que se separa por armações dos malvados (ah! como é fácil montar um roteiro maniqueísta hoje em dia) e, no fim se junta (eu, pessoalmente, gosto mais do Shakes...ele mata todo mundo e os que sobram aprendem uma lição).
aí, na temporada seguinte, os malvados ficam bonzinhos...
enfim...não tenho problemas com as tramas da malhação.. dá certo, as pessoas vêem e ficam felizes...
até aí tudo bem...
mas precisa mesmo de oito pessoas para isso?
me paga o salário de uns dois que eu quebro o galho deles...

mais um pouco sobre mulheres...

achei na minha coleção de citações uma passagem interessante sobre mulheres...
J.D. Salinger, através do seu incrível Holden Caulfield, disse:

"Aí é que está o problema com as garotas. Toda vez que elas fazem um troço bonito, mesmo que não sejam lá nenhum tipo de beleza ou mesmo que sejam meio burras, a gente fica apaixonado por elas, e aí não sabe mais a quantas anda".

acho que não precisa de comentários...
e agora eu me retiro de falar sobre mulheres aqui por algum tempo... já deu!

4/11/06

sobre as mulheres...

agora com mais calma...
mulheres são inconstantes? sim!
sempre o contrário do que estamos sentido? quase sempre!
mas, depois de muito refletir, chego a pensar no quanto isso é culpa delas.
por muito tempo eu pensei que homens e mulheres são todos iguais. hoje já não tenho tanta certeza assim...
é certo que, enquanto homens, somos igualmente inconstantes.
mas, me parece hoje, que existe um lugar para as mulheres e um lugar para os homens no imaginário coletivo da humanidade e que a evolução seguiu esse caminho...
não sei ao certo, tenho que amadurecer essa idéia ainda...
o que é certo é que nós mesmos nos colocamos em lugares distintos da sociedade e isso gera a separação.
isso, na verdade, não passa de uma fuga do tema.
a grande questão é as mulheres (e falo delas como o diferente por ser homem, tudo questão de referêncial) nos deixam doidos. nunca sabemos o que seus sorrisos querem dizer. suas lágrimas podem não ser de tristeza. seus olhares, sua atenção, não quer dizer amor (pelo menos não o amor eros, como queria aristóteles).
e nisso nós, pobres homens mortais, ficamos doidos.
afinal de contas, se um homem está apaixonado será muito difícil não notar suas intenções.
mas uma mulher... uma mulher é puro mistério. as ingênuas, que um observador menos atento poderia usar de exemplo para fazer cair minhas afirmações, que podem ser ditas como mulheres menos misteriosas, mais simples... essas são talvez as mais fascinantes.
enfim!
mulheres, todo o meu rancor surge de um imensso amor, admiração e medo do desconhecido.
citando Tolkien (ainda que tirando de contexto) mulheres ... é possivel saber tudo sobre elas num mês, e, ainda assim, depois de 100 anos, ainda se surpreender com elas (cito de cabeça).
mas um dia eu juro que penso sobre tudo isso o que eu disse, e digo denovo com menos caos...
bem menos caos...

4/8/06

como ser fã...

esses dias me deparei com um curioso tópico na comunidade (orkut) do Los Hermanos.
se tratava de um manual de comportamento dos fãs da banda.
poucas coisas que vi na minha vida me pareceram tão pouco oportunos. afinal de contas, para gostar de algo é realmente necessário se comportar de uma forma específica? nós temos tanto medo da rejeição assim?
quer dizer, (de acordo com o tal manual) para gostar de Los Hermanos é realmente nessessário louvar couldplay e execrar charlie brown jr.? para gostar de grunge vc tem que se vestir com jeans rasgados e usar camisa de flanela? para gostar de emocore vc tem que se vestir como uma vítima da moda (sem ofença)?

eu, hoje, penso que para gostar de uma banda vc tem que, simplesmente, gostar dela. se a guitarra deu um acorde que te fez arrepiar. se o cantor disse algo que te tocou profundamente. se você se lembra de momentos específicos da sua vida quando escuta a canção. então meu amigo, você foi fisgado pela banda.

e tudo bem que certas bandas tenham afinidades e distâncias. mas isso não é motivo para gostar ou desgostar delas.

como disse o grande Gabriel Garcia Marques nas palavras de seu personagem Florentino Ariza (e quem me conhece sabe que essa é uma das minhas citações preferidas dos últimos tempos) "coração tem mais quartos que pensão de putas".
a frase foi proferida para justificar o amor de Florentino por mais de uma mulher. mas acho que se aplica a tudo na vida.

e haja espaço para radiohead e sepultura nos corações mais sinceros consigo mesmo...

mulheres...

as que tem atitude constumam ser, muitas vezes, irritantemente inconstantes...
as que não tem, passam a vida irritantemente mendigando atenção...

e a gente passa a vida toda buscando os meios termos, ou os defeitos que se encaizam nos nossos.

4/4/06

essa coisa de fazer aniversário...

esses dias, com toda essa idéia de fazer um blog no dia do meu aniversário, eu me peguei pensando sobre o que os parabéns realmente signifiam.
a minha primeira idéia foi pensar que eu estaria sendo parabenizado por sobreviver mais um ano (e não deixa de ser isso, num certo sentido)
mas, por outro lado, tem a questão que nós (pelo menos nós ocidentais) precisamos de pontos, marcas, dias para começar, terminar. acho, no fim das contas, que é por isso que nos preocupamos tanto com os aniversários. sejam eles, namoro, casamento, cachorro, nascimento...tudo!!!
acho que temos um desejo mórbido de saber quanto tempo passou e ficar fazendo estimativas de quanto tempo ainda falta.
ou não... ou só precisamos de motivos p/ fazer um pouco mais de festa...(o que talvez seja o lado mais bacana disso tudo)

começa agora...

hoje, madrugada de segunda para terça, 03 para 04 de abril de 2006.
hoje, completo 22 anos de idade.
hoje, começo esse blog com a idéia de tentar tirar minhas idéias da minha cabeça e colocá-las em outro lugar.
a idéia é apenas que o blog começe no dia do meu aniversário e que contenha as idéias de um jovem de 22 anos em diante.
não é sobre mim.
é sobre o que eu penso. pode parecer contraditório, mas é isso aí.
e que venha o resto da minha vida...

luiz