10/26/10

Woody & Stock: Sexo, Orégano e Rock´n roll

Fiquei apenas parcialmente satisfeito com esse texto. Achei ele, digamos, sem brilho. Mas como não é sobre software de contabilidade, vale o registro.

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Coisa mais datada do mundo são os hippies. Nos anos 80 foram superados pelo individualismo consumista dos Yupies, milionários antes dos 25. Hoje, conceitos como “aldeia global” e “conservação da natureza” são muito mais mercadológicos e lucrativos que parte da filosofia Paz e Amor.

Nesse ambiente contemporâneo é que Angeli (ideia original), Otto Guerra (diretor) e Rodrigo John (roteirista) criam piadas e mais piadas para o seu heróico Wood & Stock: Sexo, Orégano e Rock´n roll (2006).

Duplamente heróico, diga-se de passagem. Primeiro por fazer uma animação brasileira. Segundo por fazer uma animação baseada em personagens tão, digamos, excêntricos, quanto os de Angeli. Passeiam pela tela não só os últimos hippies da terra (que emprestam seu nome ao filme), mas também os Skrotinhos, Bob Cuspe, Rhalah Ricota e outros tantos personagens históricos do quadrinista. Sem contar a memorável ressurreição da falecida Rê Bordosa, na voz de Rita Lee.

Mas nem tudo são flores. Ainda que o filme tenha grandes momentos e piadas hilárias, especialmente as que exploram o anacronismo de hippies no mundo moderno (ou as sequelas deixadas pelos anos e anos de excessos), existem muitos problemas.

A falta de ritmo e timming são gritantes. Além da técnica de animação, que está anos-luz dos padrões de qualidade gringos. Mas, ei! É uma animação brasileira. Coisa para poucos. Poucos e bons.