7/29/08

eu e minhas insistências...

você ainda acha que eu disse alguma besteira em relação às intenções do governo bush II - O Retorno?

pois leia aqui.

e quem disse nem foi o jornalistinha meia boca que acha que sua opinião vale alguma coisa.

foi um dos mais importantes filósofos vivos.

Fóssil...

encontrei um fóssil de um emo...



achado arqueológico em "A Doce Vida" de Felini.

7/28/08

de um final de semana produtivo...

este fim de semana eu me dediquei a assistir um monte de filmes. como vejo no laptop, com fone de ouvido, estou até com a orelha doendo.

mas foi bom porque consegui entender algumas coisas sobre o processo de preparação do Crinstian Bale para o Batman, nesse segundo filme, ao mesmo tempo que amadureci meus pensamentos sobre o seguinte fato.

sobre o processo de preparação, ficou muito claro para mim como o Cristian Bale usa as temáticas de um filme para amadurecer seu personagem em outro. o que motivou esse meu pensamento foi "Os Indomáveis" [3:10 to Yuma], refilmagem de um faroeste clássico e homônimo.

se no primeiro filme o "Psicopata Americano" [American Psycho] dava a tônica de dupla personalidade para o morcegão [sou um velho conhecido, posso me dar ao luxo de liberdades], nesse filme é a tentação pelo "lado negro da força", para ficar no vocabulário nerd, que dá o tom. no faroeste um fazendeiro [Bale] enxerga no "pequeno serviço" de levar o pistoleiro, Ben Wade [Russel Crowe, com a competência habitual, mas nada além], para o trem que o levaria para a prisão de Yuma [o tal trem das 3:10].

ao longo do filme Wade tenta usar sua maldade charmosa para seduzir seus algozes. da mesma forma o faz o Coringa com sua fé na falta de moral dos homens. e tanto Dan Evans quando Batman/Wayne, mesmo tendo provas inequívocas de que as pessoas podem ser muito ruins e que o mundo caminha para o caos, buscam, no fiapo de sanidade que lhes restam, a salvação para suas próprias almas e para aquilo que lhes restam.

é claro que o fazendeiro é um personagem completamente diferente do Batman. mas é possível captar em ambos o mesmo olhar que é fruto de sua fé inabalável em si mesmo e em sua missão.

ao mesmo tempo, ainda nesse fim de semana, me deparei com a notícia lincada logali em cima. como assim alguém me comete o disparate de comparar o George W. Bush com o Batman? meu primeiro impulso foi escrever um longo texto, mas logo vi que ele seria simplesmente fraco e apaixonado.

o argumento definitivo para rebater a estupidez do autor do artigo é que o Batman não INVENTOU sua guerra. a guerra do batman defende o direito legítimo dos cidadãos de bem da cidade em que vive e ama. ele não usa um ideal distorcido de democracia para impor sua guerra e disfarçar seus reais interesses, convenhamos, puramente comerciais.

ah! os ideais do W, como o articulista do WSJ gosta de chamá-lo, não são fajutos! a guerra que ele trava é contra o terrorismo e pela democracia.

bem, se você tem o nível de leitura de uma criança de cinco anos eu aceito essa interpretação. não mais, não! se a guerra do Bush fosse contra o terrorismo ela estaria sendo travada no Afeganistão [lembram? quem atacou as duas torres? alguém sabe dizer porque ressucitaram o Iraque? depois daquela guerra que o bush pai perdeu?]. e sua guerra não é pela democracia tãopouco. se fosse ele estaria atuando na África, no Leste Europeu ou afins. onde estava a democracia americana no massacre de Timor Leste? [eu sei que é na Ásia]

W não é Batman. ele não escolhe ser vilão para defender um ideal mais nobre. ele escolhe ser vilão para muitos, mais herói para seus comparsas criminosos.

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em tempo:

- pois é Alinne. agora você me deixou com a pulga atrás da orelha. eu atuei no "No Recreio", "Sorôco, sua mãe, sua filha" e "Feliz Aniversário" do Filhos da PUC. além de um tanto de sckets e intervenções. me adiciona no msn e talvez a gente tenha alguns amigos em comum.

-ah! os fãns Xiitas. um pequeno erro de digitação gera uma reação exagerada. sinceramente, não vou corrigir. sei qual é o plural de "man", conheço a obra de Alan Moore de cabo a rabo e não tenho saco com demonstrações de "eu vi Star Wars mais vezes que você e posso te dizer que o Han Solo atirou primeiro". não entendeu nada? clique aqui e veja o último comentário e aqui para saber o que eu penso disso. quando ao tiro do Han... ah... fica pra depois.

7/25/08

da profissão [porque me deu no saco escrever respostas]...

muito contente com o fato de que este blog ganhou sua segunda leitora espontânea [a primeira é a Jô, que já é parceira de letras e tá linkada ali do lado, as outras pessoas que lêem são meus amigos antes e como não quero que esse espaço seja mais que uma diversão ocasional isso não me incomoda], estou muito felizmente respondendo as provocações dela [as pessoas amigas sabem que eu tento responder sempre, só não por aqui... para falar de mim eu prefiro outros meios, mas como estou sendo provocado, no melhor sentido do termo, e não tenho outro meio de resposta, vai por aqui mesmo].

tinha tempos que eu não tinha tanto ânimo para postar aqui.

mas então que temos um pouco disse em comum sabe? eu sou seu parceiro de armas na luta pela poesia na vida. acho que é a única forma legítima de viver.

claro que sou mais partidário dos poetas malditos, mas reconheço, admiro e louvo uma coisa bonita quando vejo. até porque elas tem saltado aos olhos por contraste, né?

eu já brinquei de ator e, mesmo não sendo lá muito talentoso, eu era bem feliz com o pessoal do Filhos da PUC, na PUC Minas. hoje eu estou em curitiba, me matando de trabalhar [tá, nem tanto, mas um charminho as vezes cai bem, como uma bela morena tem me ensinado nas bandas de cá].

estou com um projeto super embrionário que, mesmo se não der em nada, vai me garantir muita diversão e umas boas memórias. de qualquer jeito esse projeto me possibilita escrever outras coisas um pouco menos áridas que a absorsão do nutrientes no intestino de suínos [esse mundo do jornalismo leva a gente para cada lugar né?].

ao mesmo tempo, as chances de esse projeto darem dinheiro são extremamente pequenas, mas ele, Deus querendo, deverá suprir minha ansia por poesia na vida, coisa que o teatro fazia tão bem.

mas é, cara amiga [que tal, parceira de armas na luta das letras, afinidade com palco, defesa da poesia, da mágoa afogada no fundo do copo... já pode ser amiga, não?], temos que levantar o peito e, como nos ensinou Deleuze, torcer todas as linhas de poder e saber usando a nossa subjetividade.

Alinne pois. o indivíduo sem identidade sai so anonimato.

muito prazer. bem vinda ao meu mundo.

P.S.: esses quatro olhos são meus sim...

mais uma outra resposta...

cara desconhecida [engraçado, eu supus que era uma pessoa conhecida...enfim...] se engana sobre mim.

sou sim muito nerd. só que eu não vejo demérito nisso, além de pensar [e agir] que eu não sou só um nerd. na verdade eu faço de tudo o que me agrada e me garante diversão.

e eu não sou meio prepotente. eu sou muito prepotente, quando o assunto é cultura pop e afins. mas não se engane, é mero mecanismo de defesa.

agora, quanto a destrinchar o coringa... não me acho a altura, especialmente ante aqueles que já fizeram isso antes e melhor que eu. mas uma coisa me incomodou nessa madrugada. o uso que Cris Nolan faz do Coringa.

você [e eu me dirijo no singular porque, em tese, esse texto só se dirige à atriz/jornalista-consequentemente-pobre-e-desiludida (não resisti à acidez...)] percebeu como os dois diálogos do Coringa com Batman [na sala de interrogatório e de cabeça para baixo, no confronto final] são extremamente didáticos? o Coringa explica toda a dinâmica o filme. nas mãos de um diretor e de um ator menos competentes, teríamos aquela sensação do Minority Report, que houve um excesso de explicação e que fomos tratados como idiotas...

mas nesse filme, ficamos tão encantados com a atuação e com a direção que não é possível repreendermos o roteiro por nos contar o que já está sendo mostrado. sem contar que é uma abordagem filosófica muito interessante ["... é o que acontece quando uma força que não pode ser parada encontra um objeto que não poe ser movido..."]

[e preciso admitir que a lucidez com que o Coringa encara a sua própria loucura é quase tocante]

.....

agora, vamos às considerações.

como o Cinema em Cena é um site mineiro eu devo inferir que você é de lá também?

e, por fim, com um copo de cerveja, sentado numa mesa de bar eu sou bem melhor de fabulações e considerações que nesse espaço.

eu uso esse espaço como um quarto de despejo de idéias e como exercício de estilo. tenho muita resistência a escrever mais formalmente aqui [até porque eu faço isso profissionalmente].

já me prometi escrever mais regularmente, mas ando sem saco, sem tempo, sem idéias... coisas da vida, como diria Vonnegut...

mas aqui. você tem algum contato? gostei das suas idéias [gosto de quem não se dininui com minha prepotência]...

outra resposta...

é...

acabei de ver o filme. num ano em que fui levado para a sala de cinema para ver Sangue Negro e Onde os Fracos Não Têm Vez, a nova película do Sr. Nolan consegue estar a altura, se não superar, já que leva reflexão com entretenimento, função (??) inata do cinema.

mas não me sinto confortável em escrever nada sobre esse filme. talvez porque ainda esteja tudo muito fresco na mente [saí do cinema a exatos uma hora e quinze minutos]. e não acho, realmente, que eu tenha algo a acrescentar a tudo o que foi dito por aí.

exceto um fato.

esse filme não é do coringa, ou, ao menos, não só do coringa. ele definitivamente não brilha sozinho e não ofusca ninguém. apenas um cego afirmaria isso.

a atuação de Heath Ledger é sensacional, tecnicamente impecável e expremamente viceral. mas assim é a do Cris Bale, de Aaron Eckhart e de todos os outros. é perda de tempo até mesmo enumerar.

o filme em si é uma obra tão completa que não prevê nem a possibilidade de um ator minimamente despreparado. cada cena, cada fala, cada tomada, cada facho de luz é milimetricamente desenhado para gerar significado.

tenho pena de tudo o que vier depois, especialmente Watchmen.

e isso é tudo o que eu me atrevo a escrever nesse momento. prefiro, inclusive, falar de filmes que as pessoas não viram. me divirto mais e me sinto mais livre para dizer o que eu penso.

quanto ao Pablo... sinceramente? eu leio as críticas dele, mas acho ele muito apegado a técnica e penso que ele dá pouca importância para o que é mais importante em um filme, ou qualquer outra obra: seus desdobramentos. como uma obra gera uma avalanche de significados que se multiplicam para dentro de si e para fora, como num lago calmo atingido por uma pedra.

não digo que ele não deveria dominar a técnica, mas acho que ele acaba se prendendo demais a ela. e isso se reflete em seus textos, todos com uma estrutura muito similar [ele até usa as mesmas expressões: "o filme perde sua força no terceiro ato"...se eu ganhasse um real cada vez que eu tivesse lido isso].

acho o jogo dele bacana. mas não tenho saco com isso. cheguei no meu ápice quando advinhei qual filme era só pela granulação da película [Rambo - programado para matar, a cena tinha só um carro estacionado]. prefiro me dedicar a assuntos mais elevados.

quanto a críticas, fico com as do omelete pela nerdisse e com as do pilula pop pela delicadeza com que buscam a compreensão da obra. só leio as do pablo quando to com saco ou tempo...

ufa! eu juro que comecei a escrever pensando em fazer um texto breve...

7/24/08

resposta...

caro anônimo que eu não tenho nem idéia de quem seja, mas sua visita no meu humilde espaço é como um Sol de alegria para a minha pessoa.

respondendo suas perguntas:

-já desconsiderei o erro de português... já vi e cometi piores.

-um post sobre o coringa? se eu conseguir pensar em algo que absolutamente ninguém tenha dito/falado/pensado/cogitado, talvez eu escreva. mas, vá lá, só vou ver o filme hoje.

7/21/08

reflexões moderadas...

me pergunto se, algum dia jornalistas, publicitários, relações públicas e afins fizessem greve, a sociedade sentiria falta.

7/16/08

e daí que você se importa...

como todo bom blogueiro que se acha importante, agora ando metido a dar minha opinião sobre assuntos da atualidade. meio jacu, mas fazer o que né?

um dos blogs que eu acompanho sempre é o Instante Posterior do Bruno Medina, ex(?)-tecladista do Los Hermanos, por sua temperança e olhar apurado para as minúcias da realidade na qual está imerso.

o fato é que seu último texto, como o de alguns outros blogueiros mais interessantes/inteligentes, foi sobre esta nova lei seca.

o fato é que essa lei não me incomoda por si própria. acho que álcool e direção não combinam e que esses dois fatores estavam contribuindo para a geração do caos generalizado na sociedade brasileira.

mas, vem cá...

tudo bem o camarada perder a carteira. mas multas astronômicas é foda! simplesmente não dá. isso porque esse dinheiro não será visto investido em vias mais seguras e em transporte público eficiente e a qualquer horário do dia. digo isso isso porque esses fatores são tão ou mais assassinos/criminosos que a dobrdinha álcool/direção. ou você se esqueceu que motoristas alcolizados são responsáveis por algo em torno de 35% dos acidentes?

não, meu caro eventual leitor [se é que existe... ah! como me divirto com minhas ilusões de representatividade social], não estou diminuindo esse número. ele é alarmante sim! 35% é muita coisa. mas e os outros 65% causados por estradas ruins, motoristas despreparados, falta de sinalização, buracos, etc, etc...

ainda no espírito do post abaixo:

- leis abusivas sem debate verticalizado com ampla repercussão e mudança social e estrutural não!

7/15/08

emputecimento...

no brasilzão de Deus que estamos. com suas maracutaias, esquemas e afins. tá cada vez mais difícil até ficar puto com as coisas.

nas últimas semanas duas coisas.

1- projeto de lei do mais que picareta senador eduardo azeredo. ele quer, em linhas gerais, que os servidores brasileiros mantenham registros dos usuários para criminalizar ações como troca que músicas e/ou filmes. isso é proteção burra dos direitos intelectuais. até a Trama tem disponibilizado árte de seu acervo para download através do selo Trama Virtual. se o tal senador ainda fosse idôneo, beleza! mas camarada que teve campanha finaciada através de 'valerioduto' vir dar uma de cavaleiro do bastião da moralidade... faça-me o favor!

mais detalhes e petição online para tentar barrar essa estupidez.

2- publicidade do senado brasileiro extrema e absurdamente superfaturada. esse, deixo a palavra para um blogueiro infinitamente mais tarimbado que eu.

informações coletadas pelos: contraditorium e blog do tas.

7/11/08

mudança de paradigma linguístico [ou momento TDUD?]...

estava bem eu sossegado, meio ressaqueado, como é de bom tom para uma sexta feira pela manhã, de pé esperando o ônibus que me levaria para o trabalho.

quando olhei para trás, me deparei com um outdoor no mínimo curioso.

era uma revista adulta com capa da Júlia Paes [atriz/modelo/puta/ex-da-filha-da-gretchen] sob a alcunha de "A Namoradinha o Brasil".

bem. fiz uma pesquisa rápida no deus-google e não achei a revista para postar aqui. mas achei algo mais surpreendente.

isto:


sério!

é a alcunha dela. não é um caso isolado da revista que eu não lembro o nome. até a sexy [segunda publicação masculina adulta do país, ficando atrás só da PlayBoy, por motivos, agora, óbvios] disse que ela é a "Namoradinha do Brasil".

a única explicação plausível até onde eu entendo é que ela dá para todo mundo isso significa que ela namora o Brasil todo.

poemeto erótico-literário...

hoje,
você será meu livro.
e nunca antes um livro foi lido com tamanha dedicação.
nunca houve leitor mais dedicado a um livro como serei eu às suas páginas.
em cada curva, cada concavidade e reentrância não terão mais mistérios nas minhas mãos
aos meus olhos.
lerei seu braile.
decifrarei seu código.
de cabo a rabo.

7/7/08

Banda; Álbum; Capa...

Vi a brincadeira em outros blogs e achei foda. reproduzo aqui:
  1. O título desse verbete aleatório da Wikipedia será o nome da sua banda.
  2. As quatro últimas palavras da última frase dessa página de citações formarão o nome do seu disco.
  3. A terceira foto dessa página do Flickr será a capa do seu disco.
Nome da minha banda: TOMMY HIMI

Nome do álbum: REACH TO HIMSELF

Capa:
[podia ter rolado um photoshop na imagem para, incluindo os caracteres, fazer uma capa de verdade. mas fiquei com preguiça]

contrapontos...

me dei conta que, ao menos quanto as expressões, os curitibanos são mais caridosos que os belorizontinos.

no meio dos mares de morros se fala "Deus me livre". na terra das araucárias se fala "Deus o livre".

ainda que não tenha adquirido o hábito de falar, e me estranhe cada vez que escuto, prefiro o segundo modo.