2/28/07

sugestão...

tentem andar (mesmo, um pé depois do outro) ouvindo uma música, mp3, rádio, walkman, discman, qualquer maneira.
se você estiver distraído o suficiente, ou atento o suficiente, é possível, por algum tempo, imaginar que a vida tem trilha sonhora.
recomendo muito que tentem andar ouvindo David Bowie. ele transforma as minhas caminhadas em épicos. é maravilhoso.

2/4/07

e o rio de janeiro continua...

o rio de janeiro é uma cidade muito curiosa. em um certo sentido ela funciona como um tipo de meca dos brasileiros (e de muitos estrangeiros também).
é muito interessante como muitos dos lugares são facilmente identificáveis. quer dizer, quem nunca ouviu falar em leblon, barra, tijuca, flamengo, urca, copacabana, ipanema, santa tereza, enfim, uma lista interminável.
essa fato traz, por um lado, um grande problema porque tudo é muito idelaizado. afinal, não tem como não se decepcionar um pouco com os arcos da lapa, por exemplo. eles não são tão glamurosos e branquinhos quanto nos querem fazer acreditar. as praias deixam muito a desejar para quem conhece o litoral nordestino (com grandes excessões em ambos os casos).
mas, com um pouco de insistência, é possível conhecer um outro rio. o da efervesência cultural e não o dos cartões postais. e aí se tem um vislumbre do que a cidade pode oferecer.
as praias nunca valeram pela beleza natural, em geral. elas valem por que tem sempre uma roda de capoeira, uma moçada fazendo samba, gente bonita passeando, e pessoas da intelectualidade brasileira passeando, algumas vezes, dispostas a um bom papo com cerveja.
o mesmo vale para um lugar como a lapa. dezenas de bares com música ao vivo e grandes shows logo do lado compensam a descepção inicial.
enfim, se os brasileiro tem mesmo que ir em algum lugar para se considerarem como tal, não é tão mal que seja o rio esse lugar.
é claro que, por outro lado, tem o problema da violência. é certo que lá é muito sério, mas me pergunto se existe algum lugar que seja seguro nos dias de hoje...