6/27/08

anacronismos...

pessoalmente [e digo pessoalmente porque esse é um fato que aconteceu na minha existência... sim... eu me dobrei ao traje social para trabalhar] acredito que a camisa é o maior ranço do passado no presente que vivemos.

digo camisa porque já me disseram, certa vez, que camisa-de-botão é um pleonasmo. mas meu problema não é em relação à camisa em si. tanto que chamo praticamente qualquer indumentária para cobrir o dorso de camisa.

meu problema é o botão.

caros! vivemos na era do zíper, do velcro, dos tecidos com fibras elásticas o suficiente para que seja colocado o corpo sem deformação. mas porque ainda usamos o botão? essa herança da antiguidade.

pensem no tempo que é perdido todas as manhãs e todas as noites abotoando e desabotoando?

e o que é pior! nos pegamos usando smartphones e camisas de botão. me diga se não é uma grande incoerência social? e não é? se existem infinitas formas modernas de se usar roupas, porque eu ainda preciso usar uma que ainda não tenha ultrapassado a simples limitação do botão?

mais! ainda somos presos ao conceito de pensar que isso é se vestir bem. sério, até onde eu entendo, quando eu vejo uma pessoa com camisa de botão eu penso: "lá vai um cara que perde tempo".

se o botão ainda fosse bem visto socialmente, vá lá. mas nem isso. as pessoas não gostam de botões. porque se gostassem não usariam gravatas. ou, além de esconder os botões, existe outra finalidade para uma gravata? nem para esquentar o pescoço, nas raras noites de frio, ainda que existentes, deste país tropical, esse inútil assessório se presta.

mas a gravata é outra história...

de qualquer jeito, isso é o de menos. é apenas mais um caso desta nossa estranha contemporaneidade cheia de contra-sensos.

pequena reflexão efêmera...

o mundo realmente precisa de mais um?

6/18/08

Conversações...

Metabolismo: porra! explica isso de frio pra caralho e sol a pino! nunca vi isso!

Cérebro: eu tô tentando! mas não tenho nem idéia!

Metabolismo: como não?!?! não é você o sabichão? o decifrador de mundos?

Cérebro: tá... eu ainda não sei. mas vou entender... eu acho...

Metabolismo: enquanto isso eu reajo aleatoriamente.

Cérebro: ahn?

6/12/08

deslocamentos...

por que devemos assistir a filmes do Wong Kar Waii?

porque a vida é feita de pessoas deslocadas e que não são definíveis por si mesmas, mas por como, quando, onde e porque encontram seus pares. e os indivíduos nos filmes do elegante diretor chinês são exatamente assim. solitários que vislumbram alegria de viver quando encontram com outros solitários.

mas mais importante que isso. devemos assistir a esses filmes porque a solidão e inexatidão das pessoas não impedem que elas vivam histórias dignas de serem contadas.

devemos assistir porque aprendemos com a ficção que a realidade é uma coisa bonita...

6/10/08

100 nada mais a dizer...

segundo a última contagem oficial, esse blog chegou a marca de 100 postagens.

isso não só é ridículo como vexaminoso para mim. porque quer dizer que em pouco mais de dois anos de existência eu não tive a capacidade de conseguir nem cinco textos minimamente decentes por mês.

mas enfim. ainda me pergunto qual a relevância desse espaço socialmente. eu entendo perfeitamente porque eu mantenho esse espaço dentro de minha ótica particular. mas, sinceramente, não tenho a menor idéia do que isso significa numa esfera macro.

por isso, no final do último parágrafo, eu decidi escrever mais por aqui, ao contrário de acabar com o espaço. e pretendo escrever breves resenhas de livros e filmes que eu gosto ou acabei de ver/ler [por puro exercício de estilo], pequenos contos e poemetos com mais frequencia. acho que as reflexões existencialistas não tem me levado a lugar nenhum, mas sempre que alguma questão me ocorrer eu vou me esforçar para postar aqui também.

então! que esse centésimo texto seja sinal de algo mais interessante para o mundo.

cheguei a conclusão de que tem muita gente medíocre e babaca falando bobagens por aí. então é simplesmente criminoso que eu guarde meus pensamentos todos dentro de mim...

6/3/08

Porks and beans...

o Weezer é uma das bandas mais legais dos anos noventa e mesmo os cds mais normaiszinhos (como os dois últimos) ainda dão de pau em praticamente tudo o que tem sido lançado nos últimos tempos.

Rivers Cuomo é formado em Oxford ou Berkley (não me lembro e estou com muita preguiça de procurar... de qualquer jeito tanto faz, as duas são as maiores da inglaterra) em literatura inglesa. formado com louvor, o qe faz de Rivers Cuomo um belo nerd!

o problema é que Rivers Cuomo é o frontman [na falta de uma palavra brazuca melhor] do Weezer.

e você me pergunta: ué... qual é o problema?

o problema, leitor incauto, é que um nerd não pode estar em uma grande banda de rock. nerds e rock não combinam. e não vale falar do Radiohead. aquilo é rock cabeção. é diferente de rock nerd!

o meu ponto é que rock-nerd é uma contradição em termos e um sinal claro do fim dos tempos...

e esse sinal já vem desde dos idos dos anos 90...

como eu disse em um post de tempos atrás... TEMEI!!!