6/25/06

curioso...

curioso como eu fiz um post intilutado vida (um tanto pessimista sobre as pessoas)
e, dias depois, um outro intitulado morte (um tanto otimista em relação ao meu fim)

curioso como eu, revisitando alguns textos, tenho visto como alguns soam bem rabugentos.

curioso como eu realmente não me sinto um cara rabugento. tá certo que, por um lado, eu, numa auto-definição, tendo a me ver como uma pálida versão do Seinfeld. um cara legal e inteligente o suficiente para ver o quão o mundo está (ou será que sempre foi?) uma coisa estranha.

eu sei que disse no 1º post que este blog não é sobre mim, mas sobre meus pensamentos. mas é pq agora eu sinto uma certa necessidade de pensar sobre mim mesmo em relação à este mundo.

por um lado eu talvez esteja ainda meio abalado com a morte do pai do meu amigo (e não só dele, mas recebi notícias de muitas mortes recentemente, não de pessoas à minha volta, mas de pessoas em volta de pessoas à minha volta).

mas o negócio é que o mundo tem estado cada vez mais doido e eu me pergunto cada vez mais o que eu posso fazer para ajudar, ou se eu devo ajudar... vai ver o doido sou eu e o mundo tá do jeito que devia estar, um grande caos que precede a entropia... ou algo do gênero.

curioso como eu faço devaneios para dizer algo que já nem lembro mais. talvez não tenha importância.

curioso...

6/24/06

morte...

ontem o pai de um grande amigo morreu.
coisas da vida (diria
Kurt Vonnegut)
nesse mesmo dia eu vi esse amigo chorar. isso doeu muito por que era um cara que estava sempre de alto astral. não como as pessoas são felizes normalmente. o cara tem um bom humor de assustar. sempre o centro da festa, sempre rindo, sempre querendo ver as pessoas à sua volta felizes, sempre um cara muito, muito, muito legal. o cara bateu o carro uma vez e saiu rindo.
sem dúvida um dos caras mais incríveis que eu já conheci.
e ontem eu vi esse cara chorar como uma criança. acho que foi uma das cenas mais tristes que eu já presenciei.

isso me fez parar para pensar na minha vida. na vida das pessoas. no quão efêmera é a existência.
provavelmente aqui se seguirão uma série de considerações sobre a vida e a morte que já foram usadas mil vezes antes de mim. e como não quero entediar ninguêm... enfim...

mas eu fico apenas pensando que eu ainda não sofri uma grande perda na minha vida. não perdi alguêm importante. como vou reagir? o que acontecerá? eu vou chorar? eu vou ter essa dimensão de que posso nunca mais ver essa pessoa? eu vou chorar? na hora? no dia seguinte? uma semana depois?

e quando eu me for? pessoas vão chorar? eu quero realmente que as pessoas chorem?

acho que não. talvez uma barganha. um sorriso para cada lágrima. eu tenho essa estranha sensação de ser um cara legal, agradável, engraçado às vezes. então eu gostaria, realmente, que as pessoas tentassem fechar os olhos e se lembrassem do tempo em que eu estive do lado delas (e como foi bom), como se estivessem tentando lembrar do gosto de um doce bem saboroso, e sorrissem com isso, do que se elas gastassem esse tempo precioso e efêmero na terra se lamentando pelo que não vão curtir comigo, o pelo que eu não vou ver...

acho bem justo!

6/4/06

responsabilidade...

esse negócio de blog é uma coisa engraçada.
eu fiz esse para ter um lugar onde pudesse colocar minhas melhores gracinhas, falar de minhas loucuras, enfim, por para fora o que eu pensodo mundo.
o que acontece é que, em geral, eu tenho temas ou anotações para uma postagem a cada uma ou duas semanas. se isso!

então, me sinto culpado por ter montado isso daqui e não dar a devida atenção. é como aquela coisa de celular. vc não dá atenção até ter um.

e isso é um saco. não consigo pensar em coisas suficientes para colocar aqui. bem, na verdade eu até consigo, mas a maioria não passa pelo meu crivo. (e pelos posts anteriores dá para ver claramente que ele não é lá muito rigoroso).

de qualquer jeito o melhor que eu consegui pensar foi nesse meta-post...

que bosta!

6/3/06

vida...

eu entendo cada vez menos os pessimistas.

sei lá, o mundo é muito bom. a vida é muito boa.
é claro que há as mazelas e tal. a fome na África, a seca no Nordeste, enchentes, morte, guerra, fome, poluição.
mas eu ainda acho a vida boa. mesmo quando acontece uma merda bem grande comigo eu acho a vida maravilhosa e não consigo deixar de pensar que aquilo foi posto ali (Deus, Destino, Coincidência, chame como quiser) simplesmente por que a gente precisa valorisar os bons momentos.

tenho um amigo que diz: "o mundo é injusto. então, por que não pode ser injusto a meu favor?"

no que me concerne ele apenas não concegue reconhecer quando o mundo é justo. não vê quando uma bela mulher lhe sorri por que está muito ocupado esperando um raio cair na cabeça de um desafeto.

mas aí não há justiça que dure...