6/26/07

como discordar...?

algumas pessoas tem o dom de verbalizar os anseios que só estão em pensamentos no resto da humanidade.
ali do lado está o linque (em suas próprias terminologias) do zine do pirata.
em sua última acertiva ele fala um pouco do excesso de mercantilização do mercado editorial brasileiro e de como esse mercado fecha cada vez mais as portas para novos escritores que se interessam em escrever literatura. e dá-lhe auto-ajuda.
enfim, não pretendo me alongar muito simplesmente porque o texto dele diz tudo.
clique aqui para ver ou vá em:
http://zinedopirata.blogspot.com/2007/06/falou-e-disse-hoje-quartim.html

6/24/07

a vida...

a vida as vezes se esforça para nos mostrar o quão pequeno somos em relação ao 'grande esquema das coisas'.

é uma necessidade que a vida tem de nos fazer lembrar que não existem finais felizes porque simplesmente não existem finais.

tudo o que achamos ser liquido e certo é na verdade uma simples ilusão.

assim a vida atua. como um mágico que te distrai de um lado para que você não perceba a bela surpresa que ele está te armando com a outra mão.

as vezes são surpresas positivas, claro!

na maioria das vezes a vida está lá para te derrubar.

porque?

pelo simples motivo de que é importante para ela que você dê muito, mas muito mesmo, valor quando estiver de pé.

mas que as vezes é foda...ah! isso é...

6/13/07

homem-aranha 3...

aparentemente tão importante para o personagem quanto os dois batmans do joel schumacher para o morcegão.
e isso é muito triste porque eu, como bom nerd que se preza, adoro o homem-aranha.

6/7/07

música...

pensando na minha experiência com rádio a pouco tempo atrás, resolvi parar para pensar sobre o que faz uma música ser boa.
acho que não há como não recair, ou pelo menos esbarrar, nas idéias de Walter Benjamin.
Walter Benjamin foi um dos mais brilhantes teóricos da sociedade contemporânea. entre suas idéias estava o fato de que ao se desenvolver técnicas de reprodução industrial para a arte ela estaria perdendo sua aura. que a obra de arte que era única, por não poder ser multiplicada, teria uma aura que lhe garantia o valor de culto. mas ele nunca disse que isso seria problemático. ele falava que seria um processo muito bom para que mais e mais pessoas tivessem acesso à arte, à cultura, no sentido menos antropológico do termo.
essa, pelo menos, é a minha leitura de sua teoria, depois de muito ler e debater esse texto específico que é "A Obra de Arte na Era da Reprodutibilidade Técnica".
bem, o que eu acho que faz uma música ser boa (na verdade qualquer obra de qualquer tipo de arte) é o fato dela ter alma. não disse que ela precisa ser feita com alma. a alma das coisas surge quando as pessoas interagem com ela.
então, uma música tem alma para mim porque eu sinto que ela tem essa alma.
pegando casos concretos. "Last Goodby" do Jeff Buckley, tem uma das mais maravilhosas almas que eu já pude perceber. mas compreendo que ela não tenha alma para outras pessoas. da mesma forma que a maior parte das coisas que toca nas rádios mainstream não tem alma para mim, mas pode ter alma para outras pessoas.
high scool musical para mim não tem a menor graça. acho hiper produzido e sem graça.
mas faz todo o sentido do mundo pré-adolescentes se identificarem com todo o blábláblá de se sentir incluído ou excluído.
por fim, é muito importante dizer que uma música não precisa ser bem feita para que se sinta a alma dela.
eu, como bom fã de Los Hermanos, sou apaixonado por duas gravações toscas e desafinadas da banda. uma é "Bom Dia" uma baladinha feita no violão por Marcelo Camelo para sua esposa. a melhor gravação disponível é risível. a outra é "Pra Ver Se Cola", que eles estavam brincando de tocar, uma certa vez, e acabaram gravando só o refrão. é tão tosco que um dos dois (provavelmente o Amarante) vocalistas, quando vê que o outro está tocando um solo que nada tem a ver com a música, pergunta 'que isso velho?', ao passo que o outro responde 'não sei' e riem encerrando a gravação que não chega a um minuto.
mas, pelo menos para mim, essas músicas são absurdamente lindas.

6/3/07

rádio...

passei os últimos dias da minha vida fazendo um freela para uma rádio jovem da capital mineira.
o que aprendi com isso?
que as pessoas estão ficando cada vez mais doidas.
à saber:
elas ouvem fresno/cpm22/nx0/forfun/haiteen (músicas pobres, de textura, de letras, de tudo!..além de ser emo), gwen stefani (quem disse para essa mulher que ela canta? a voz dela é irritante e tem a sonoridade de um tamagochi morrendo), fergie (sim, aquela mulher que fazia um contraponto vocal no black eye peas, lançou um álbum solo produzido pelos colegas de banda, mais do mesmo, só que niguém percebe. além do que a música de estréia, london bridge, é uma mistura irritante de mia com uma música igualmente irritante da gwen stefani, anteriormente citada), my chemical romance/panic at the disco!/simple plan(etc...) (valem os comentários para os emos nacionais, só que os nomes das bandas são trinta vezes menos imaginativos e, por isso, mais irritantes proporcionalmente).
para terminar, as pessoas estão ouvindo o hip hop internacional. bem, eu, pessoalmente, não gosto. primeiro por que tudo me soa pasteurizado e sem alma demais. as músicas, quando não falam de ganhar grana, comer a vadia da mulher do vizinho e ganhar mais grana são um apanhado de melas cuecas só que sem nenhunzinho acorde melódico. tudo é batida e sons estranhos. segundo por que acho a múscia negra made in brasil muito mais interessante, vide samba e o funky (tim maia que o diga).
enfim...
o que aprendi em um mês de trabalho em uma rádio jovem?
que as pessoas não gastam nem um pequeno microsegundo das vinte e quatro horas do seu dia para pensar sobre oque estão consumindo. a necessidade de se sentir incluído é tão grande que se opta pelo mais fácil e não se pensa, nem um pouco, se aquilo é realmente bom.
ou vai me dizer que, dentro de uma diversidade cultural tão grande, as pessoas realmente conseguem gostar do mesmo jeito das mesmas coisas?