assumo que conheço essa figura [conheço pelas letras, já que eu já tinha ouvido falar no lendário colunista d'O Pasquim nos corredores da faculdade] a relativamente pouco tempo.
mas se algo se pode dizer do bêbado inveterado e esquerdista extremo é que viveu e morreu fiel aos seus ideais.
sem fazer conceções desnecessárias a si mesmo, sempre pregou que somos estúpidos por aceitar que o mundo é ruim e cruel. que somos tolos ao pensar que é assim por que assim o é. que a bonança cairá dos céus.
em seus textos ele queria apenas que cada um fizesse a sua parte para construção de um mundo melhor. que fossem presos os facínoras educados, já que estes matam milhões ao tomar para si o que deveria ser destinado à escolas e hospitais.
que o mundo passaria melhor se conseguíssemos, apenas por um átimo, sair de nossos umbigos e pensar que uma sociedade está saudável enquanto se enxerga o outro como um igual.
Fausto foi, talvez, o único leitor são de Marx que o mundo já viu.
morre um dos últimos jornalistas que mereciam a alcunha e o estatus de mito.
morre Fausto Wolff, fazendo o que desde os 14 anos era sua paixão. escrevendo.
este pobre se sente órfão...
1 comment:
Caro, Luiz, beleza?
Há muito não andava (navegava?) por aqui. Fiquei com uma puta e enorme tristeza com a morte do velho lobo. Só o conheci depois da faculdade. Acho que os professores da PUC não o conheciam também, pois o silêncio que sempre destinaram ao lobo é incrivel.
Abraços!
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