6/3/07

rádio...

passei os últimos dias da minha vida fazendo um freela para uma rádio jovem da capital mineira.
o que aprendi com isso?
que as pessoas estão ficando cada vez mais doidas.
à saber:
elas ouvem fresno/cpm22/nx0/forfun/haiteen (músicas pobres, de textura, de letras, de tudo!..além de ser emo), gwen stefani (quem disse para essa mulher que ela canta? a voz dela é irritante e tem a sonoridade de um tamagochi morrendo), fergie (sim, aquela mulher que fazia um contraponto vocal no black eye peas, lançou um álbum solo produzido pelos colegas de banda, mais do mesmo, só que niguém percebe. além do que a música de estréia, london bridge, é uma mistura irritante de mia com uma música igualmente irritante da gwen stefani, anteriormente citada), my chemical romance/panic at the disco!/simple plan(etc...) (valem os comentários para os emos nacionais, só que os nomes das bandas são trinta vezes menos imaginativos e, por isso, mais irritantes proporcionalmente).
para terminar, as pessoas estão ouvindo o hip hop internacional. bem, eu, pessoalmente, não gosto. primeiro por que tudo me soa pasteurizado e sem alma demais. as músicas, quando não falam de ganhar grana, comer a vadia da mulher do vizinho e ganhar mais grana são um apanhado de melas cuecas só que sem nenhunzinho acorde melódico. tudo é batida e sons estranhos. segundo por que acho a múscia negra made in brasil muito mais interessante, vide samba e o funky (tim maia que o diga).
enfim...
o que aprendi em um mês de trabalho em uma rádio jovem?
que as pessoas não gastam nem um pequeno microsegundo das vinte e quatro horas do seu dia para pensar sobre oque estão consumindo. a necessidade de se sentir incluído é tão grande que se opta pelo mais fácil e não se pensa, nem um pouco, se aquilo é realmente bom.
ou vai me dizer que, dentro de uma diversidade cultural tão grande, as pessoas realmente conseguem gostar do mesmo jeito das mesmas coisas?

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