8/6/06

amor...

acho, sinceramente, que o cinemão americano matou o amor.
afinal, eles são obrigados a contar uma estorieta em poucos minutos, então, quase sempre, eles lançam mão do recurso do amor à primeira vista e do viveram felizes para sempre.
assim não há amor que se sustente na vida real.
amor é construção. é caminho que se partilha. é ter defeitos. é amar os defeitos. e detestar as qualidades.
claro!
o amor de verdade acontece nos defeitos. é muito fácil amar o Marlon Brando em um bonde chamado desejo. ele é perfeito. mas esse amor não dura por que, justamente, ele é perfeito.
só que as pessoas se esquecem disso. as pessoas se tornaram descartáveis para as pessoas. então, nos primeiros defeitos, elas são jogadas fora.
nós perdemos a noção do que é realmente importante (ou talvez nunca tenhamos tido e os casamentos só durassem por questão de aparência).
o importante é ser uma pessoa completa antes de querer ter alguém ao lado. é imbecil querer alguém para te completar. as pessoas não têm que completar umas às outras. elas têm que estar juntos. juntos não serão um. mas dois, dez, mil.
mas o que eu sei?
eu sou só um solitário convicto...

1 comment:

Anonymous said...

você sabe o que eu penso sobre o amor... é apenas uma palavra, totalmente inoportuna, para categorizar um sentimento que se manifesta de cinco mil maneiras diferentes. acho que cada um devia dar o nome para o seu...