1/10/08

Ode à minha arrogância…

Mundo, mundo vasto mundo.

Mais vasto é o meu coração. Desnudo.

Sem eira nem beira, sem lá nem cá.

Meu coração é desenorme. Vai de uma ponta a outra de meus dedos em meus braços esticados.

Pelo outro lado.

E não tem cor e não tem forma que nesse mundo seja mais colorida e mais helicoidal disforme pelo avesso intrínseco ao jeito que deixou de ser que não seja mais tudo isso dentro de mim. Dentro de meu coração.

Mas além de tudo meu coração é inquieto e cheio de soberba.

Quer ir mais e mais na insignificância que todo esse é mundinhão aí fora só para apontar e dizer:

-ó í! Tá vendo? Cá dentro é tudo maior. Mais bonito. Mais colorido.

Eu só olho. Desolho. E fico com as duas imagens cá guardadas.

É que meu coração não vê que ele só é grande porque tem tudo o que já tá feito e mais as delícias do delírio para torcer e distorcer tudo dentro de si.

4 comments:

said...

Bonito, mto bonito. Tocante, diria. Que bom que postou... fazia tempo.

Unknown said...

Luiz!! É engraçado a sensação que temos quando lemos um texto, ou vemos uma imagem que nos toca profundamente...
Quando li a primeira frase "Mundo, mundo vasto mundo" tive vontade de voar... Sair, pegar uma estrada sem destino... Não sei se foi essa a sua intenção ao dizer essas palavras, mas foi a intenção que chegou ao meu coração!

Lindo!!! Parabéns! =)

said...

Vindo de ti algo assim me deixa mto lisonjeada. Sei o quanto és exigente. Obrigada, mocinho. Bjs pra ti.

Unknown said...

ô coraçao bonito, sô!